O dólar comercial abriu em baixa nesta segunda-feira (22/09), de 1,97%, cotado a R$ 1,795 no mercado interbancário de câmbio. Na última sexta-feira (19/09), a 0americana fechou em forte queda, de 5,13%, a R$ 1,831. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM), o dólar à vista era negociado a R$ 1,80 (-1,59%), após abertura em baixa de 1,86% a R$ 1,795.
Depois de uma sexta-feira de euforia, os investidores internacionais retomam os negócios hoje mostrando cautela. Nada mais adequado para uma segunda-feira que se segue a uma semana que mudou o mundo das finanças. Ainda que o socorro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e demais BCs globais ao sistema financeiro seja suficiente e ainda que tudo retome o caminho da normalidade, ainda existe uma retração econômica a ser enfrentada e debelada. A confiança dos investidores não será restabelecida de uma hora para a outra e certamente não se dará sem que as mudanças nas regras estejam claras e se mostrando eficientes.
E o mercado internacional dá sinais de que, se é verdade que o pânico foi abafado, também é certo que a retração permanece. Por aqui, ainda que no exterior a cautela seja o tom, internamente, a interrupção do pânico que levou o dólar à máxima de R$ 1,96 na semana passada está sendo suficiente para manter certo otimismo nas mesas de negociação.
Quanto à posição do Banco Central, que na última quinta-feira (18/09) anunciou que proverá o mercado de liquidez em dólar por meio de leilões de venda com compromisso de recompra, o mercado aceitou bem a medida. Mas, por enquanto, o efeito dela mistura-se à mudança de humor no exterior. Hoje não deve haver operação, segundo operadores, pois o BC não anunciou nada na sexta-feira passada (dia 19). Nos dois primeiros leilões, ambos realizados na última sessão, o BC vendeu um total de US$ 500 milhões.