O anúncio de que o governo dos Estados Unidos está disposto a torrar centenas de bilhões de dólares para salvar os bancos norte-americanos com problemas de caixa trouxe euforia para as bolsas de valores de todo o mundo nesta sexta (19/09). Os investidores parecem acreditar que o programa de socorro pode ajudar a evitar uma quebradeira generalizada no setor financeiro. Os mercados ampliaram a recuperação iniciada anteontem e o resultado foi um dia de fortes valorizações.
O dia começou promissor, com as principais bolsas asiáticas fechando em alta, diante dos rumores surgidos antes da abertura dos negócios de que o governo norte-americano criaria uma agência pública para absorver os créditos podres do mercado imobiliário. A bolsa de Tóquio subiu 3,8%, enquanto a de Xangai e a de Hong Kong atingiram 9,5%.
Na Europa, o destaque foram as bolsas de Moscou: o desempenho delas foi tão espetacular que as atividades tiveram que ser suspensas por temor de uma valorização excessiva. Depois de dois dias com interrupções por causa de fortes quedas, as duas bolsas fecharam ontem em alta de 22,39% e 28,69%. A elevação esteve associada à alta do preço do petróleo, cujo barril fechou a US$ 104,55 em Nova York, com subida de US$ 6,67. A bolsa de Paris valorizou 9,27%, Londres, 8,84% (a maior alta em 20 anos) e Frankfurt, 5,56%.
Do lado de cá do Atlântico, a semana também se encerrou com alívio. Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou com ganhos de 3,35% e o Nasdaq, de 3,40%. A bolsa de São Paulo (Bovespa) teve a maior aceleração registrada desde os 33% de 15 de janeiro de 1999, quando o câmbio flutuante foi adotado no país. A Bovespa teve alta de 9,57%, fechando aos 53.055 pontos. O giro financeiro somou R$ 7,66 bilhões. O acumulado na semana é alta de 1,2%, mas os desempenhos do mês e do ano são negativos em, respectivamente, 4,71% e 16,95%.