Os investidores europeus viram no esforço do governo dos EUA para evitar um aprofundamento da crise o fator que esperavam para voltar ao mercado: as Bolsas européias registram altas de quase 10% nesta sexta-feira (19/09). O plano do governo americano de oferecer recursos para conter a crise foi recebido como a rede de proteção para que não ocorram mais episódios como o do Lehman Brothers - que quebrou nesta semana.
Às 10h11 (em Brasília) a Bolsa de Londres subia 9,55%, para 5.346 pontos (mais cedo, o mercado londrino chegou a registrar alta de 8,2%); a Bolsa de Paris tinha alta de 8,25%, indo para 4.284,38 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha alta de 5,90%, indo para 6.210,36 pontos; a Bolsa de Milão subia 6,37%, para 20.966 pontos; Amsterdã tinha ganho de 7,57%, indo para 378,27 pontos; e a Bolsa de Zurique subia 5,84%, para 7,010.03 pontos.
As ações dos bancos na Europa, como Deutsche Bank, Santander, Dexia, Credit Agricole, Fortis e BNP Paribas dispararam.
O Departamento do Tesouro, o Fed (Federal Reserve, o Banco central americano) e o Congresso americano decidiram ontem explorar "todas as opções legislativas e administrativas, e esperam trabalhar durante o fim de semana para encontrar uma forma de sair" da crise, segundo o porta-voz do Tesouro, Brookly McLaughlin.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio subiu 3,76%; a de Xangai disparou 9,6%; a de Hong Kong também subiu 9,61%; e os mercados financeiros da Malásia, das Filipinas, da Indonésia, da Índia, da Tailândia, da Coréia do Sul e da Austrália subiram entre 3% e 6%. Ontem, em Nova York, a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) subiu 3,86%; o S 500 subiu 4,33%; e a Bolsa Nasdaq ganhou 4,78%. A Bovespa hoje sobe mais de 7%.
O secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse que o pacote será o mais "integral" dos aprovados até o momento para resolver a restrição de crédito nos mercados internacionais, e deverá ser aprovado pelo Congresso. "Este país é capaz de se unir e realizar as coisas rapidamente quando é preciso, pelo bem do povo americano", afirmou. Já o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse que os três órgãos irão "trabalhar em uma rápida solução, que ataque o foco do problema: os ativos sem liquidez dos balanços das instituições financeiras".