O ânimo dos investidores europeus com a ajuda de US$ 85 bilhões dada pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano) à seguradora AIG diminuiu e os índices das Bolsas européias passaram a cair nesta quarta-feira (17/09). A queda de mais de 6% na atividade de construção nos EUA em agosto afetou os índices em Wall Street logo na abertura e isso se refletiu nos negócios europeus.
Nesta manhã, a Bolsa de Paris passou a operar em alta de 0,41%, indo para 4.104,31 pontos; a Bolsa de Milão caía 0,61%, para 20.337 pontos; a Bolsa de Frankfurt caía 0,09%, indo para 5.959,58 pontos; a Bolsa de Londres tinha perda de 3,56%, indo para 5.018,80 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 1,06%, indo para 367,27 pontos; e a Bolsa Zurique tinha valorização de 0,28%, indo para 6.751,98 pontos.
A atividade de construção de imóveis residenciais nos EUA teve uma queda de mais de 6% em agosto, o que surpreendeu os analistas - que previam uma queda bem menor, de 1,6%. O dado sinalizou que, mesmo com a ajuda do governo à Fannie Mae, à Freddie Mac - duas gigantes do setor de hipotecas - e à seguradora AIG, a economia ainda está debilitada.
Ontem, o Federal Reserve (Fed, o BC americano), no comunicado divulgado após sua decisão de manter os juros em 2% ao ano, reconheceu que "as tensões nos mercados financeiros aumentaram de modo significativo". "As condições restritas do crédito, a contração em curso no mercado imobiliário e a desaceleração no crescimento das exportações devem pesar na expansão da economia ao longo dos próximos trimestres", diz a nota.
A espera pela ajuda do Fed à AIG (que foi anunciada depois do fechamento do mercado) teve efeito positivo, levando a uma reação dos índices em Wall Street no fim da sessão; hoje, no entanto, os indicadores da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) e da Nasdaq já abriram com perdas de cerca de 2%.
A crise da AIG e a do Lehman Brothers, no início da semana, tem provocado quedas expressivas nos mercados financeiros mundiais. O Lehman apresentou nesta segunda-feira à Corte de Falências dos EUA um pedido de proteção sob o capítulo 11 da legislação americana que trata de falências e concordatas. Além disso, o Merrill Lynch foi adquirido pelo Bank of America -
evitando, assim, um fim como o do Lehman.