A holding TAM, companhia de investimentos que engloba a TAM Jatos Executivos, TAM Mercosur e TAM Linhas Aéreas, irá analisar a possibilidade de investir nos aeroportos do Rio e de Campinas. Para isso, aguarda a conclusão dos estudos encomendados pelo Ministério da Defesa para definir o modelo de concessão que irá transferir a gestão do Aeroporto Internacional Tom Jobim e de Viracopos para a iniciativa privada
"Uma vez concluídos esses estudos, verificaremos a possibilidade de investimentos. Se os aeroportos puderem ser bem geridos pela iniciativa privada, para nós isso é muito importante. Precisamos ter uma infra-estrutura que funcione e propicie novos investimentos da indústria aeronáutica", disse hoje o presidente da TAM, David Barioni, que não descarta a utilização de outros parceiros no negócio
Ele anunciou hoje a abertura de duas novas linhas aéreas internacionais, com partida do Rio, após se reunir com o governador do Estado, Sergio Cabral Filho, no Palácio Guanabara. No dia 19, começam a operar vôos diários Rio - Miami - Rio. Em 1º de novembro, entra em operação, quatro vezes por semana, a linha Rio - Nova York - Rio. A TAM já possui um vôo diário partindo da capital fluminense para Paris
Os novos vôos serão feitos em quatro Boeings 767-300, totalmente reformados para transportar 205 passageiros, 30 na classe executiva e 175 na econômica. Barioni não soube dizer o valor total do investimento, mas informou que foram gerados 800 novos empregos, além do custo da reforma das aeronaves e do treinamento da equipe. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, a TAM opera 75% dos vôos internacionais.
O vice-presidente de Planejamento e Alianças da TAM, Paulo Cezar Castello Branco, disse que as novas linhas atendem à demanda dos consumidores, impulsionados pelo crescimento da economia fluminense. "O Galeão é o segundo tráfego gerador do Brasil e o local em que mais investimos nos últimos anos", afirmou.
Para a TAM, quanto mais concentrada for a operação, melhor será o serviço oferecido, explicou Barioni, defendendo que os vôos nacionais continuem a ter saídas exclusivamente do Tom Jobim. A Anac estuda a possibilidade de permitir que o Aeroporto Santos Dumont possa receber outras linhas nacionais, além da Ponte Aérea e dos vôos regionais. Essa medida acabaria esvaziando o aeroporto internacional, mais afastado do centro da cidade
"Cerca de 50% ou 60% do tráfego depende de conexão. Para nós o Galeão é muito importante porque temos muitas possibilidades", disse Barioni