Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas em NY caem com crise de instituições financeiras em Wall Street

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As Bolsas americanas operam em queda nesta segunda-feira (15/09), com um cenário em Wall Street que, entre sexta-feira (12) e ontem (14), ficou sem dois de seus principais atores: os bancos de investimentos Lehman Brothers --que entrou em processo de concordata - e o Merrill Lynch - que foi adquirido pelo Bank of America. Às 11h01 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 2,94%, indo para 11.085,64 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), e de 2,82% no S 500, que ia para 1.216,37 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 1,96%, com 2.216,86 pontos. Outros mercados financeiros pelo mundo também sentiram o abalo das mudanças em Wall Street: a Bolsa de Mumbai (Índia) caiu mais de 5%; na Europa, as principais Bolsas perdiam entre 3% e 5%. O governo americano não repetiu a ação de ajudar as empresas financeiras a evitar a quebra, como fez com as gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, que devem receber uma injeção de até US$ 200 bilhões. Sem ajuda do governo, compradores em potencial do Lehman, como o Barclays e o Bank of America, se afastaram do negócio. Na manhã de hoje, o Lehman entrou com o pedido de proteção sob a legislação de falências e concordatas no Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York. O banco informou que nenhuma das corretoras subsidiárias e outras empresas ligadas ao grupo está no pedido e continuarão a operar. Segundo o banco, os clientes do banco e das subsidiárias podem continuar a operar ou efetuar outras ações em suas contas. Ontem, Federal Reserve (Fed, o BC americano) anunciou medidas para facilitar o acesso a créditos emergenciais para instituições financeiras em dificuldades, ampliando as garantias dos empréstimos concedidos a bancos centrais. O banco agiu para evitar mais quebras, com o colapso do Lehman. Além disso, a seguradora AIG (American International Group), prepara uma reestruturação que inclui a venda de ativos, elevação de capital e um pedido de empréstimo de US$ 40 bilhões ao Federal Reserve (Fed, o BC americano), depois de já ter levantado US$ 20 bilhões neste ano.