O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região realiza assembléia neste domingo (07/09) para avaliar as propostas apresentadas pelos sindicatos patronais, dando continuidade ao movimento da campanha salarial. Para mostrar força, durante esta semana os metalúrgicos realizaram paralisações por 24 horas, mobilizando, segundo o sindicato, cerca de 17 mil trabalhadores. As propostas estão sendo negociadas em três setores - autopeças, eletroeletrônicos e fundição.
Segundo Jair dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, que reúne 53 mil trabalhadores de 9 municípios, a categoria pede 18,83%, correspondentes a um aumento real de 9,53%, piso de R$ 1.450 e gatilho salarial em caso de inflação. "Desde 2003 vemos os executivos virem a público falar dos recordes de vendas e, portanto, está na hora de lembrar daqueles que são responsáveis por esse crescimento", afirmou Santos. "As propostas dos (sindicatos) patronais não representam o anseio e estão muito longe do conjunto dos trabalhadores", comentou.
O setor de fundição oferece 9,4% de repasse salarial. O setor de autopeças decidiu esperar a definição das montadoras, que por sua vez oferecem um total de 11,01%, resultado dos 7,15% do INPC de setembro de 2007 a agosto de 2008, aumento real de 3,60%, piso salarial de R$ 1.250 e um abono único de R$ 1.450 pago em 22 de setembro.
O setor de eletroeletrônicos propõe reajuste de 10,5%, sendo 2 73% do INPC referente ao período de agosto de 2007 a julho de 2008, piso de R$ 718,50 para empresas com até 50 empregados, de R$ 762,20 para empresa com mais de 500 funcionários e de R$ 837 59 para quadro de pessoal maior. A assembléia está marcada para as 9h30.