Jornal Correio Braziliense

Economia

Metalúrgicos rejeitam aumento real de 2,05% proposto por montadoras

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Os trabalhadores das montadoras de veículos do Estado de São Paulo rejeitaram nesta sexta-feira (5/09) um acordo de aumento real de 2,05% proposto pelas montadoras, além da reposição da inflação dos últimos 12 meses. De acordo com o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Vivaldo Moreira, esse índice está abaixo do conquistado pela categoria no ano passado, mesmo com os recordes de vendas de veículos. Segundo Vivaldo, nas fábricas da General Motors (São José dos Campos), Honda (Sumaré), Toyota (Indaiatuba) e Mercedes-Benz (Campinas) os trabalhadores aguardam as negociações para decidir se vão parar a produção por tempo indeterminado. Na próxima segunda-feira será realizada uma assembléia para discutir a proposta. No ABC, os metalúrgicos de Volkswagen, Ford, Scania e Mercedes-Benz decidiram suspender a realização de horas extras e a produção deste final de semana. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC marcaram para este sábado, às 10h, uma assembléia para definir se irão iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira. O presidente do sindicato, Sérgio Nobre, afirmou ontem que quer aproveitar os recordes de vendas de veículos no Brasil para negociar um reajuste maior para a categoria. "Este ano, a economia brasileira vive um momento ainda melhor do que em 2007, por isso precisamos avançar no índice de reajustes", disse. Paraná. Os funcionários da montadora Renault-Nissan, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, aceitaram a proposta de aumento salarial da empresa e terminaram hoje a greve que foi iniciada na última segunda-feira. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, os 4.700 metalúrgicos da montadora fecharam um acordo que garante 2,5% de aumento real e reposição da inflação de 7,6% acumulada nos últimos 12 meses, que serão aplicados a partir deste mês. Além disso, a categoria conseguiu um abono salarial de R$ 1,5 mil, que será pago na próxima segunda-feira, e um vale mercado de R$ 100. No acordo, ficou decidido também que a empresa não irá descontar os cinco dias parados, sendo que as horas serão incluídas no banco de horas dos trabalhadores. Ontem, os funcionários da Volvo, que também fica no Paraná, já haviam aceitado proposta parecida e terminaram a greve na unidade. No Estado, os 3.600 trabalhadores da Volks-Audi permanecem de braços cruzados desde o início da semana. Sem acordo com a empresa, o sindicato marcou assembléia para a próxima segunda-feira.