Os funcionários da Boeing aprovaram nesta quinta-feira (4/09) uma greve para rejeitar o convênio coletivo trienal proposto pela empresa, mas a paralisação foi adiada por mais 48 horas para se tentar alcançar um acordo.
Cerca de 87% dos 27 mil funcionários da Boeing, filiados à Associação Internacional de Maquinistas e Operários Aeroespaciais (IAM), votaram nesta madrugada a favor desta greve, que será a segunda desde 2005 e a quarta em 20 anos.
O governador do estado de Washington, Chris Gregoire, e os mediadores federais pediram dois dias a mais de prazo para evitarem uma greve que pode acarretar em prejuízos de US$ 120 milhões por dia.
A oferta final da Boeing teria aumentado os salários dos trabalhadores em 11% em média, além da concessão de outros benefícios e incentivos, mas o sindicato ainda acha que é pouco.
A fabricante de aviões também ofereceu bônus de US$ 2.500 caso o acordo fosse ratificado antes de hoje, quando expira o atual convênio e quando a proposta da empresa será submetida à votação.
Os funcionários da Boeing, que começaram a votar à 0h (1h, horário de Brasília) e terminaram de madrugada, foram convocados para se pronunciarem sobre a aceitação ou rejeição do convênio e sobre se apóiam ou não a greve convocada pelo sindicato.
O convênio coletivo trienal deve ser aprovado por mais de 50% dos empregados e, para que os funcionários entrem em greve, o sindicato precisa de sinal verde de dois terços de seus filiados.
Os analistas calcularam que esta paralisação pode ter custo de US$ 120 milhões por dia para a empresa. Em 2005, a Boeing não conseguiu cumprir os prazos de entrega de mais de 20 aviões por causa da greve de seus funcionários, que durou quatro semanas.