A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não resistiu à derrocada das Bolsas americanas e encerrou o último pregão de agosto em terreno negativo, completando o terceiro mês consecutivo de perdas. O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, cedeu 55.680 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,77 bilhões.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,635 na venda, com avanço de 0,18%. A taxa de risco-país marca 239 pontos, número 2,04% abaixo da pontuação anterior.
Na Europa, as principais Bolsas de Valores registraram ganhos, a exemplo de Londres (0,63%) e Frankfurt (0,03%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em baixa de 1,46%.
EUA
Com uma agenda econômica doméstica totalmente esvaziada, ganharam importância ainda maior os números da maior economia do planeta. Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que a renda dos consumidores locais teve uma queda de 0,7% em julho, em seu maior recuo em quase três anos. O número é muito pior do que o previsto por analistas, que estimavam um decréscimo de 0,1%.
Já os gastos dos consumidores tiveram um crescimento modesto, de 0,2%, em julho, sem surpreender o mercado financeiro. O chamado PCE - indicador de preços ligado aos gastos do consumidor - teve uma alta de 0,6% em julho, após 0,7% no mês anterior. O núcleo do PCE (que calcula a inflação excluindo os preços de alimentos e energia) foi de 0,3%, em linha com as projeções dos economistas de bancos e corretoras. Investidores e analistas também reagem ao influente Índice de Confiança do Consumidor, apurado pela Universidade de Michigan, visto como uma sinalização das tendência de consumo nos EUA. O índice apurado pela universidade ficou em 63 pontos, contra uma estimativa de 61,7 divulgada no último dia 15. A expectativa dos analistas era de um índice em 62 pontos.