O preço do petróleo passou de US$ 120 nesta quinta-feira (28/08), com os temores de que a tempestade tropical Gustav possa ganhar força em sua trajetória e atinja as instalações petrolíferas na região do golfo do México e as refinarias na costa sul dos EUA.
Às 10h49 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em outubro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 119,23, em alta de 0,91%. Até o horário, o barril atingiu o preço máximo de US$ 120,50 e o mínimo de US$ 118,05.
Nesta quarta-feira (27/08) à noite, o governador do estado da Louisiana (sul), Bobby Jindal, declarou estado de emergência e anunciou planos para começar a remover a população das áreas costeiras antes da chegada da tempestade - que, segundo estimativas dos serviços de meteorologia, deve chegar aos EUA na tarde de segunda-feira (1° de setembro) e pode se tornar um furacão de categoria 3 na escala Saffir-Simpson, que vai até cinco, à medida que se desloque rumo a oeste-noroeste pelas águas do Caribe. As tempestades tropicais se transformam em furacões quando passam de 119 km/h.
Os moradores de Nova Orleans são os mais preocupados com a trajetória de Gustav, que se aproxima da Louisiana poucos dias antes do terceiro aniversário da passagem do furacão Katrina, que devastou a cidade. O prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, disse que vai deixar a convenção democrata mais cedo para coordenar os preparativos para a chegada do Gustav.
A Royal Dutch Shell informou que retirou 300 de seus funcionários de plataformas no golfo do México; a BP (British Petroleum) também anunciou que vai retirar funcionários seus da região - que responde por cerca de um quarto da produção petrolífera americana.
"O mercado petrolífero está esperando a passagem do Gustav", disse à agência de notícias Associated Press (AP) o analista Olivier Jakob, da Petromatrix na Suíça.
A Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) dos EUA previu que a atual temporada de ciclones seria bastante ativa, podendo se formar de 14 a 18 tempestades tropicais, das quais sete ou oito podem se transformar em furacões.