A revisão parcial das metas da Dívida Pública Federal (DPF), anunciada nesta quarta-feira (27/08), foi classificada pelo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, como um ajuste para diminuir o risco e baixar o custo.
;Foi apenas um ajuste e não uma mudança, pois tudo visou a busca de menor risco e menor custo; , disse o secretário, ao lembrar que a medida se baseou também nos resultados verificados de janeiro a julho.
Em julho, o estoque subscrito em títulos, estava no limite de R$ 1,54 trilhão e, a partir de agora, esse limite será de R$ 1,42 trilhão, com 32% de títulos prefixados e 34% de papéis corrigidos pela Selic.
Antes da revisão, os títulos da dívida prefixada representavam até 40% do estoque enquanto os títulos vinculados à Selic estavam no limite de 30% do estoque.
A nova proporção para 34% do estoque da dívida, em títulos atrelados à Selic, segundo o Tesouro Nacional, não significa que tenham aumentado os compromissos vinculados à taxa de juros, uma vez que o estoque da DPF foi reduzido.
Augustin mostrou que, em 2005, os vencimentos da dívida pública para 12 meses estavam na casa de 45% do estoque, enquanto, em julho, o percentual de vencimentos em 12 meses estava em 23,8% do total. Segundo ele, trata-se "de resultado muito baixo dentro da média histórica internacional".
Ele afirmou que o Tesouro vai sempre buscar o alongamento do prazo médio de amortizações e reduzir os parcelamentos que vencem em 12 meses, dentro das condições de mercado de cada momento.