O investidor continua sem convicção no mercado de ações brasileiro, como revela o giro de negócios bastante baixo na jornada desta terça-feira. Pelo terceiro dia, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou perdas, ainda que tenha esboçado alguma reação ao longo desta jornada.
O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, sofreu perdas de 0,22%, para os 54.358 pontos. O volume financeiro foi de R$ 3,27 bilhões, inferior à média diária do mês (R$ 4,99 bilhões, até o pregão do dia 25).
O dólar comercial foi cotado a R$ 1,632 para venda, em leve baixa de 0,06%. A taxa de risco-país marca 247 pontos, número 0,40% mais alto que a pontuação anterior.
Na Europa, as principais Bolsas de Valores registraram ganhos no encerramento das operações, com exceção de Londres, onde o índice FTSE declinou 0,63%.
Em Nova York, o índice mundialmente influente Dow Jones encerrou o dia com ganho de 0,23%. Hoje, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) revelou a ata relativa à reunião do último dia 5, em que manteve a taxa básica de juros dos EUA em 2% ao ano. A ata reforçou as opiniões de que a autoridade monetária dos EUA não deve mexer nos juros básicos tão cedo, mas que o próximo movimento será um ajuste para cima.
Notícias do dia
Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que as vendas de casas novas nos EUA em julho tiveram um crescimento inesperado de 2,4%, quando a maioria dos analistas do setor financeiro esperava uma retração. O preço médio dos imóveis, no entanto, teve uma queda recorde, de 15,4% no segundo trimestre, segundo o índice S/Case-Shiller - um dos de maior peso no mercado imobiliário americano.
O instituto privado de pesquisa americano Conference Board revelou hoje que a confiança do consumidor americano na economia do seu país melhorou entre julho e agosto. O índice de confiança saltou de 51,9 para 56,9 pontos, superando as previsões dos analistas (consenso em torno de 53 pontos).
No front doméstico, a inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) teve desaceleração em cinco das sete capitais nos quais é apurado, segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas).