Jornal Correio Braziliense

Economia

Vendas de casas novas nos EUA têm crescimento inesperado em julho

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As vendas de casas novas nos EUA em julho tiveram um crescimento inesperado de 2,4%, chegando a uma taxa anualizada de 515 mil unidades, informou nesta terça-feira (26/08) o Departamento do Comércio. A expectativa dos analistas do setor era de uma queda neste mês. Os descontos oferecidos para atrair compradores conseguiram dar algum ânimo às vendas. Os resultados de junho, no entanto, foram revistos para baixo, ficando em uma taxa anualizada de 503 mil unidades, a menor desde setembro de 1991. Em junho, as vendas haviam registrado uma queda de 0,6%, para uma taxa de 530 mil unidades. Ontem a NAR (Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, na sigla em inglês) informou que as vendas de casas já existentes nos EUA tiveram uma alta de 3,1% em julho. Segundo a associação, as vendas atingiram um patamar anualizado de 5 milhões de unidades. A expectativa dos analistas era de uma alta de 1,6%. Na comparação com julho de 2007, no entanto, as vendas ainda estão 13,2% menores. Já os estoques de imóveis cresceram 9,3% até o fim do mês passado, atingindo um nível recorde de 4,67 milhões de unidades - o que representa 11,2 meses de vendas, ao ritmo de julho. "Os estoques continuam altos (...) As construtoras precisam continuar a reduzir a produção", disse o economista da NAR, Lawrence Yun. Hoje, o índice S/Case-Shiller - um dos de maior peso no mercado imobiliário americano - mostrou que os preços dos imóveis residenciais nos EUA tiveram uma queda recorde, de 15,4% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2007. O índice referente aos preços nas 20 principais regiões metropolitanas do país caiu 15,9% em junho, na comparação com junho do ano passado, maior queda desde o início da pesquisa nessa modalidade, em 2000. Já o índice referente a preços nas 10 maiores regiões metropolitanas caiu 17%, maior desde que surgiu a apuração nessa modalidade, há 21 anos.