Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo opera em baixa com espera por estoques dos EUA e nova referência

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O preço do petróleo opera em baixa nesta terça-feira (19/08), depois que a tempestade tropical Fay atravessou os arquipélagos da Flórida, no extremo sul dos Estados Unidos, sem causar grandes estragos ou deixar vítimas. O mercado agora espera o fim dos contratos de setembro e os dados sobre reservas nos EUA. Às 10h30 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em setembro (cujos contratos expiram nesta quarta-feira), negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 112,70, em ligeira baixa de 0,15%. Até o horário, o preço máximo atingido pelo barril era de US$ 113,42 e o mínimo, US$ 111,64. Nesta segunda-feira (18/08) o barril chegou a subir para o patamar de US$ 115 devido à incerteza sobre qual rumo a tempestade tomaria; havia o temor de que pudesse se tornar um furacão e atingir as instalações petrolíferas no golfo do México. O NHC (Centro Nacional de Furacões, na sigla em inglês), no entanto, manteve o alerta para furacão na costa oeste da península. A tempestade atingiu a região insular da Flórida por volta das 19h, horário local (20h, horário de Brasília), com ventos de 95 quilômetros por hora. O instituto prevê que a tempestade possa recuperar sua força ao atravessar os 170 quilômetros de mar que separam os arquipélagos do continente. Com menos receio de ver as instalações petrolíferas do golfo atingidas, os investidores voltam as atenções para o prazo final dos contratos de setembro e preparam-se para mudar para a nova referência, de outubro - cujos contratos também estavam cotados a US$ 112,70. Além disso, aguardam a divulgação do relatório de estoques do Departamento de Energia dos EUA. Na semana passada, o departamento apresentou uma queda de 400 mil barris na semana encerrada no último dia 8. As reservas americanas de gasolina, por sua vez, caíram em 6,4 milhões de barris no período, enquanto o estoque de destilados (que inclui querosene da aviação e combustível para calefação doméstica) caiu em 1,7 milhão de barris. "Com a tempestade deixando de ser uma preocupação, os mercados vão olhar para o fim dos contratos de setembro, além dos números da EIA [Administração de Informações sobre Energia, órgão ligado ao Departamento de Energia]", informou a consultoria MF Global, em uma nota. A expectativa dos analistas é de um aumento de 900 mil barris no estoque de petróleo dos EUA.