A Weg, maior fabricante de motores elétricos da América Latina e uma das cinco maiores do mundo, é uma das poucas empresas brasileiras que tomaram o rumo do Oriente e instalaram plantas industriais na China. Diferentemente da Embraco, que buscou um sócio chinês, a empresa de Santa Catarina partiu para um negócio com capital 100% brasileiro.
"A China foi um país que despontou no cenário mundial e que atraiu a presença dos nossos maiores clientes. Era natural que mais cedo ou mais tarde o crescimento deles refletisse no nosso crescimento também", disse o vice-presidente da Weg, Sergio Schwartz.
Tudo começou com a aquisição de uma fábrica em Nantong. Junto, veio a carteira de clientes da fábrica - os nossos próprios clientes da WEG, que já haviam se instalado na China. Segundo Schwartz, a aquisição foi mais um passo dentro da estratégia de internacionalização da companhia, visando maior penetração comercial no mercado asiático, melhoria logística operacional e comercial e maior competitividade.
"O estudo do mercado foi a nossa lição de casa. Como preferimos comprar uma empresa, procuramos aquelas que estavam venda. E foi quando nos deparamos com uma grande quantidade de fábricas de motores que o próprio governo da China já tinha preparado para a privatização", contou. A WEG encontrou em Nantong uma empresa com as características que procurava.
Vale lembrar, o preço não estava considerado, porque a negociação com o povo chinês envolve muito mais do que isso: é como entregar uma filha ao noivo no altar. "Eles querem saber quais são as nossas intenções, e não se intimidam em cancelar um negócio, caso tenham alguma dúvida em relação ao desenvolvimento da empresa ou dos funcionários que já estavam trabalhando na fábrica", explicou.
A fábrica - A WEG Nantong Electric Motor Manufacturing foi inaugurada no começo de 2005. Hoje, a empresa conta com uma fábrica de 29.350 metros quadrados e 450 funcionário na Zona de Desenvolvimento Econômico da província de Jiangsu, a 250 quilômetros de Shangai, uma das principais cidades da China. A primeira unidade industrial da WEG no continente asiático produz motores elétricos trifásicos de baixa e alta tensão e máquinas de alta e baixa tensão, destinadas principalmente para os segmentos de acearia, mineração, petroquímica e fabricantes de bombas e compressores do continente asiático.
Por que é vantajoso produzir na China? A resposta do vice-presidente da WEG é simples e direta: potencial de mercado, presença de clientes globais e níveis de competitividade com produção local.