Jornal Correio Braziliense

Economia

Queda do petróleo derruba Bovespa, que fechou em baixa de 1,62%

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A queda generalizada dos preços das commodities derrubou mais vez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), na jornada desta sexta-feira (15/08). Em agosto, a Bolsa caiu em sete de 11 dias úteis do mês. Em Nova York, o preço do barril de petróleo encerrou o dia cotado a US$ 113,77, em baixa de 1,08%, sendo que no decorrer do dia atingiu os US$ 111. O níquel caiu mais de 2%, enquanto o alumínio caiu 1,2%. O preço do ouro caiu abaixo da marca dos US$ 800 a onça, menor nível nos últimos 10 meses. O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais movimentadas, retrocedeu 1,62% fechamento, para os 54.244 pontos, o menor nível desde 23 de janeiro. O giro financeiro foi de R$ 4,57 bilhões. A ação da mineradora Vale do Rio Doce sofreu perdas de 2,21%; a ação preferencial da Petrobras retraiu 2,30%; entre as siderúrgicas, a ação da Gerdau caiu 2,77%, enquanto a ação ordinária da CSN teve baixa de 3,76%. Hoje, o presidente da petrolífera, José Sergio Gabrielli, rejeitou a explicação de analistas, que atribuíram a perda de valor de mercado às discussões sobre um novo marco regulatório para o setor de petróleo. Segundo ele, a queda das ações está ligada à redução do preço da commodity no mercado internacional nas últimas semanas. EUA O dólar comercial foi negociado a R$ 1,640 para venda, com acréscimo de 0,86%, o maior preço desde 11 de junho. A taxa de risco-país marca 238 pontos, número 1,70% superior à pontuação anterior. Entre as principais notícias do dia, o Federal Reserve ( Fed, banco central dos EUA) revelou que a produção industrial americana teve ligeira alta de 0,2% em julho, abaixo do 0,4% registrado em junho. Analistas contavam com um resultado mais fraco para o período. Pouco antes, o índice de atividade industrial ´Empire State´, relativo à região de Nova York, havia apontado alta de 2,8 pontos em agosto, ante um declínio de 4,9 pontos no mês anterior, num resultado mais positivo que o previsto pelo mercado financeiro. Outra notícia relativamente favorável foi divulgada pela Universidade de Michigan. Seu indicador de sentimento do consumidor melhorou entre julho e agosto: subindo para 61,7 pontos ante 61,2 no mês anterior. Analistas do mercado financeiro, no entanto, projetavam 62 pontos. Empresas. Notícias pó-fechamento Ontem, após o fechamento do pregão, o Banco do Brasil anunciou lucro líquido de R$ 3,992 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma alta de 61,16% sobre o mesmo período do ano anterior (R$ 2,477 bilhões). A ação ordinária do banco público valorizou 2,24%; a ação preferencial do Bradesco caiu 1,95%, enquanto o papel do Itaú cedeu 1,57%. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) comunicou também ontem lucro líquido de R$ 1,03 bilhão no segundo trimestre, ante lucro de R$ 952 milhões no mesmo período do ano passado, somando no primeiro semestre lucro de R$ 1,8 bilhão, recorde da empresa para o período, com alta de 5% sobre 2007.