No acumulado de janeiro a julho de 2008, o Indicador Serasa de Inadimplência de Pessoa Física apontou alta de 6,9% na inadimplência dos consumidores, na comparação com o mesmo período de 2007.
O aumento também foi verificado na relação entre julho de 2008 e julho de 2007, com 11,6% de elevação na inadimplência das pessoas físicas. Já na comparação entre julho de 2008 e junho último, o indicador da Serasa, uma empresa do grupo Experian, mostrou crescimento de 6,7% na inadimplência dos consumidores.
De janeiro a julho de 2008, o ranking de representatividade da inadimplência das pessoas físicas foi liderado pelas dívidas com os bancos, que tiveram 43,2% de participação no indicador. Em 2007, até julho, este percentual foi de 38,3%.
Em seguida, com representação de 32,2% na inadimplência dos consumidores, nos sete primeiros meses de 2008, estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras. No mesmo período do ano anterior, essas pendências tiveram participação de 30,9% no indicador.
Na terceira colocação do ranking, os cheques devolvidos apareceram com uma representatividade de 22,3% no indicador até julho de 2008. No acumulado de janeiro a julho de 2007, os cheques sem fundos tiveram um peso de 28,2% na inadimplência das pessoas físicas.
Fechando o ranking, os títulos protestados tiveram de janeiro a julho de 2008 uma participação de 2,3% no indicador, abaixo dos 2,6% obtidos no mesmo período de 2007.
Análise
Segundo os técnicos da Serasa, a inadimplência dos consumidores segue em alta, devido ao maior endividamento, aos efeitos da inflação sobre o orçamento doméstico e à elevação dos juros, lembrando que as dívidas mais caras, a exemplo do cheque especial, apresentam relevante crescimento.
Mesmo com um ritmo menor que a evolução do crédito (que até junho acumula no ano 13,7% e em 12 meses 32,4%, segundo o BC), a inadimplência está subindo de forma consistente. Nos primeiros sete meses de 2007, a inadimplência acumulada registrava uma queda de 1,7% contra os atuais 6,9% de crescimento em igual período deste ano.
O segundo semestre de 2008 se inicia com um patamar de inadimplência (6,9%) superior ao verificado no fechamento do período (semestre) anterior (6,1%).