Jornal Correio Braziliense

Economia

Preço de passagens deve continuar em alta, diz TAM

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A TAM informou nesta quinta-feira (14/08) que o preço das passagens aéreas, especialmente as domésticas, devem continuar a crescer no próximo trimestre. O yield (preço pago por cliente por quilômetro transportado) nos vôos domésticos cresceu 22,4% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, passando de R$ 0,2225 para R$ 0,02723. Já o yield para vôos internacionais avançou 6,1% em dólares na mesma base de comparação (de US$ 0,0926 para US$ 0,0982). "No primeiro trimestre, informamos que faríamos aumento nas passagens. Tínhamos uma visão de que em 2008 o yield doméstico subiria 5%, e o internacional 7% em dólares", disse Líbano Barroso, vice-presidente de finanças e de relações com investidores da companhia aérea durante teleconferência dos resultados da empresa no segundo trimestre. "No primeiro semestre já passamos disso, especialmente no doméstico." Para ele, a empresa deve buscar "testar a elasticidade da demanda" - ou seja, elevar os preços enquanto eles não afetam significativamente a taxa de ocupação dos aviões. "Continuamos buscando isso", disse. Porém, ele revelou que, em termos nominais (descontado o efeito da alta dos custos), o yield continua abaixo do obtido no ano passado. Custos Para reduzir suas despesas, atingidas pelo aumento do preço do querosene de aviação, a empresa deve tomar medidas para bater sua meta de reduzir o seu CASK ex-combustível (custo por assento por quilômetro sem contar o combustível) em 7%. No acumulado do primeiro semestre, a TAM reduziu esse indicador em apenas 3,4%. Entre essas medidas, disse Barroso, estão a troca de seus aviões Fokker-100 e MD-11 por modelos mais novos e o fim do pagamento de comissões para agentes de viagens pela venda de passagens de vôos domésticos. "Mantemos firme a meta de reduzir o CASK em 7%", disse. Segundo trimestre A TAM registrou um lucro líquido de R$ 50,2 milhões no segundo trimestre deste ano, comparado com prejuízo de R$ 28,6 milhões no mesmo trimestre de 2007. A receita operacional líquida no período, por sua vez, aumentou 27,7%, atingindo R$ 2,514 bilhões, contra R$ 1,969 bilhão no mesmo trimestre do ano passado. A companhia aérea rival Gol, por sua vez, registrou um prejuízo de R$ 216,76 milhões no segundo trimestre deste ano, contra um lucro de R$ 157,07 milhões no mesmo período do ano passado