A gigante americana de varejo Wal-Mart registrou elevação de 17% em seu lucro líquido do segundo trimestre deste ano, superando as estimativas, e levando a empresa a aumentar suas projeções para o ano fiscal. Mesmo assim, a companhia fez um alerta para o resultado do atual trimestre, que deve ficar abaixo do que esperam os economistas, refletindo perspectiva de os consumidores reduzirem seus gastos.
No trimestre encerrado em 31 de julho, o Wal-Mart registrou lucro líquido de US$ 3,45 bilhões ou US$ 0,87 por ação, acima dos US$ 2,95 bilhões ou US$ 0,72 por ação do mesmo trimestre do ano passado. O lucro a partir de operações continuadas, excluindo ganhos do ano passado, subiu para US$ 0,86 por ação, de US$ 0,73 por ação no ano passado. Em julho, o Wal-Mart havia elevado sua previsão de lucro para a margem de US$ 0,82 por ação a US$ 0,84 por ação.
As vendas líquidas cresceram 10% para US$ 101,6 bilhões no segundo trimestre de 2008. Excluindo as vendas de combustíveis, as vendas em lojas abertas há mais de um ano subiram 4,5%, superando a estimativa de maio de crescimento estável ou de 2%. As vendas internacionais e o lucro cresceram 17%.
Considerado como uma referência para a indústria do varejo, o Wal-Mart registrou desempenho melhor do que a maior parte das varejistas no período, beneficiando-se da busca de itens mais baratos pelos consumidores, limitados pela desaceleração da economia dos Estados Unidos.
Previsões
O Wal-Mart previu que seu lucro no terceiro trimestre fiscal irá oscilar entre US$ 0,73 por ação e US$ 0,76 por ação. Analistas, em média, esperam que o lucro neste período fiquem em US$ 0,76 por ação. A companhia também previu que as vendas em lojas abertas há mais de um ano subam entre 1% e 2% no período.
Para o ano fiscal, a previsão de lucro foi elevada para uma margem de US$ 3,43 por ação a US$ 3,50 por ação, superando a estimativa de fevereiro de US$ 3,30 por ação a US$ 3,43 por ação. Analistas esperam lucro de US$ 3,49 por ação no ano fiscal.