Os países emergentes estão impulsionando o desempenho das fabricantes de aviões, pelo aumento da demanda e pela necessidade de atender aos "novos ricos". Entre eles estão estão os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) e países do Oriente Médio.
A Airbus, que apresentou hoje os números do segmento corporativo, informou que, em dois anos, vendeu 15 jatos executivos para clientes da China. O Brasil, que ainda engatinha nesse segmento, pode ser um dos principais mercados nos próximos anos.
A Airbus tem uma família de jatos executivos que comportam configurações entre 14 e 55 assentos. A fabricante também oferece uma linha de aviões considerados vips, ou seja, modelos que são configurados de acordo com o cliente, mas do mesmo tamanho dos vendidos para a aviação comercial.
Entre os cerca de 50 vips vendidos no mundo, dois estão na América do Sul, um com o governo brasileiro e, outro, da Venezuela. Ambos são do modelo A319.
A Embraer trabalha com jatos menores e entregou, na semana passada, o 100° Phenom na América Latina. A empresa também trabalha com a expectativa de que os países da Ásia devem ampliar a demanda.
Segundo Luís Carlos Affonso, vice-presidente da Embraer para o mercado de aviação executiva, a Ásia Pacífica tem cerca de 3% da frota mundial de aeronaves, mas sua participação no PIB é muito maior. Para ele, a região, a médio e longo prazos, conseguirá equiparar o setor aéreo à sua importância econômica.
Petróleo
A alta no preço do petróleo, segundo a Embraer, não afetou de forma determinante os negócios da aviação comercial. Affonso afirmou que cresceu a demanda por parte dos países produtores, como Oriente Médio, Rússia, Venezuela e Ásia Central.
Segundo ele, os principais fatores que influenciam na aceleração do mercado de jatos executivos são ligados ao desempenhos das Bolsas de Valores e o aumento de indivíduos ricos.