A Bolsa de Xangai fechou em baixa de 5,2% nesta segunda-feira (11/08), afetada pelos dados econômicos da China divulgados hoje. O índice Shanghai Composite caiu para 2.470,07 pontos, menor encerramento em mais de um ano e meio.
O índice Shenzhen Composite, da Bolsa de Shenzhen, fechou em queda de 6,6%, com 698,37 pontos. As ações das companhias aéreas, das exportadoras de tecidos e das refinarias lideraram as quedas.
O governo chinês informou hoje que os preços no atacado no país subiram 10% em julho, após uma alta de 8,8% em junho. Foi a maior alta desde 1996. A maior contribuição para o movimento do índice foi a alta do petróleo, de 41,2%. Os preços dos alimentos tiveram alta de 9,1%.
O dado elevou o temor entre os investidores de uma alta de juros por parte do BC chinês, para conter a inflação. A balança comercial da China, por sua vez, mostrou um crescimento de 4% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado, chegando a US$ 25,3 bilhões. Já no período de janeiro a julho, o superávit alcançou os US$ 123,72 bilhões, uma queda de 9,6% em relação ao mesmo período de 2007. Segundo o governo, as exportações cresceram 22,6%, até os US$ 802,9 bilhões, mas as compras da China ao exterior dispararam 31,1%, acumulando um valor total de US$ 679,2 bilhões.
A demanda por bens chineses deve diminuir, segundo analistas, refletindo a queda no consumo nos EUA devida à crise no mercado imobiliário e no setor financeiro americanos. "Os investidores acham que o mercado está fraco", disse à agência de notícias Associated Press (AP) o estrategista Qian Qimin, da Shenyin Wanguo Securities.
Entre as companhias aéreas, as ações da Air China, da China Eastern Airlines e da China Southern Airlines fecharam em baixa. Já os papéis da China Petroleum & Chemical caíram 5,4% e as da PetroChina caíram 5,54%.