O preço do petróleo fechou em baixa nesta quarta-feira (6/08), depois de chegar a um mínimo de US$ 117,11 durante o dia. O aumento nas reservas americanas de petróleo favoreceu a queda da commodity, que já vem declinando há semanas. Do recorde atingido no dia 11 de julho, US$ 147,27, até o mínimo atingido hoje, o preço do petróleo já recuou mais de US$ 30.
O barril do petróleo cru para entrega em setembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), encerrou o dia cotado a US$ 118,58 (baixa de 0,49%). Durante o dia, o barril chegou a um preço máximo de US$ 120,49. E, Londres, o barril do petróleo Brent caiu US$ 1,11, para US$ 116,59.
O Departamento de Energia informou hoje que as reservas americanas de petróleo cresceram em 1,7 milhão de barris na semana passada, atingindo 296,9 milhões de barris --muito acima do previsto pelos analistas, que esperavam um recuo de 400 mil barris. As reservas de gasolina, por sua vez, encolheram em 4,4 milhões de barris, atingindo 209,2 milhões de barris. Os analistas apostavam em recuo de 2 milhões de barris.
O recuo visto nas últimas semanas já causa reflexo nos preços da gasolina nos EUA: segundo a Associação Americana do Automóvel (AAA), o preço médio do galão (3,785 litros) chegou a US$ 3,862 hoje, depois de ter passado de US$ 4 no mês passado.
"Há uma linha traçada, por volta dos US$ 117. Se (o petróleo) fechar abaixo dessa linha, vai ser um sinal de desistência por parte dos investidores do "bull market´ (o mercado do touro ou de alta)", disse o analista-chefe da Oil Price Information Service, Tom Kloza. "Outras altas podem vir a elevar o preço a patamares ainda mais altos, mas para o ano acho que as disparadas terminaram." Segundo ele, no entanto, um evento extraordinário --como mais tensão no Oriente Médio, um furacão que afete a produção na região do golfo do México - pode fazer os preços tornarem a subir.
O departamento informou ainda que a demanda por gasolina no mês encerrado no último dia 1° chegou a cerca de 9,4 milhões de barris, 2,3% a menos que no mesmo período de 2007.