O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou hoje (4) que ainda é cedo para dizer se já existe reflexo das medidas adotadas pela instituição, como o aumento da básica de juros, na economia. O Boletim Focus, divulgado hoje, prevê queda nos números de inflação, em comparação com o que se previa na semana anterior, para este ano e para o próximo.
Ele ressaltou, no entanto, que existe um início de efeito das decisões tomadas pelo banco, dentro de um processo crescente e cumulativo. Isso vai dando resultado ao longo do tempo, com a devida defasagem, afirmou.
Ao participar do 10º Seminário de Metas de Inflação, promovido pelo BC, Meirelles disse também que, para o controle da inflação qualquer ajuda é bem-vinda, a qualquer momento. Ele se referia a afirmações feitas de manhã pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo estaria preparado para reforçar o aperto fiscal, se isto for necessário para controlar a inflação.
Meirelles não quis, porém, comentar se a inflação já havia atingido seu pico e começado a declinar. Segundo ele, o Banco Central não faz avaliações de inflação no curtíssimo prazo. As projeções do BC sobre a inflação são divulgadas nas atas das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e no relatório de inflação. Os números deverão ser atualizados na edição do próximo mês do relatório.
Fazemos as projeções baseados em um cenário de referência, considerando a Selic e o câmbio constante dentro das variáveis macroeconométricas. E, depois, um cenário de mercado de taxas de Selic e câmbio projetadas pelo mercado.
O presidente do BC reforçou que todos devem colaborar para que a inflação convirja para as metas e lembrou a preocupação do governo para que isso aconteça. A idéia é que a inflação convergirá para a meta de 4,5% em 2009. E é essa a indicação que nós temos dado ao país.
Ele explicou que a oscilação dos preços das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) é uma das variáveis levadas em conta na dinâmica inflacionária, mas destacou que é prematuro fazer previsões sobre a evolução da cotação delas nos próximos meses ou em 2009.
Meirelles lembrou que a atuação da política monetária tem limites. O que a política monetária pode fazer é assegurar um ambiente de estabilidade econômica, que faz com que os horizontes de planejamento se alonguem e, em conseqüência, possa haver uma maior geração de bem-estar para a sociedade. Esse é o limite da política monetária.
O presidente do BC disse ainda que o maior custo do Produto Interno Bruto (PIB) é gerado pela inflação. A inflação desorganiza a produção, aumenta o nível de imprevisibilidade, diminui os horizontes de planejamento e, em conseqüência, diminui o nível do investimento. Portanto, o maior custo para sociedade é o aumento da inflação. O PIB é a soma das riquezas produzidas no país.
04/08/2008 18:54 - AB/ /MEIRELLES DIZ QUE É CEDO PARA AVALIAR SE DECISÕES DO BC JÁ TÊM REFLEXO NA ECONOMIA
Meirelles diz que é cedo para avaliar se decisões do BC já têm reflexo na economia
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O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou hoje (4) que ainda é cedo para dizer se já existe reflexo das medidas adotadas pela instituição, como o aumento da básica de juros, na economia. O Boletim Focus, divulgado hoje, prevê queda nos números de inflação, em comparação com o que se previa na semana anterior, para este ano e para o próximo.
Ele ressaltou, no entanto, que existe um início de efeito das decisões tomadas pelo banco, dentro de um processo crescente e cumulativo. Isso vai dando resultado ao longo do tempo, com a devida defasagem, afirmou.
Ao participar do 10º Seminário de Metas de Inflação, promovido pelo BC, Meirelles disse também que, para o controle da inflação qualquer ajuda é bem-vinda, a qualquer momento. Ele se referia a afirmações feitas de manhã pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo estaria preparado para reforçar o aperto fiscal, se isto for necessário para controlar a inflação.
Meirelles não quis, porém, comentar se a inflação já havia atingido seu pico e começado a declinar. Segundo ele, o Banco Central não faz avaliações de inflação no curtíssimo prazo. As projeções do BC sobre a inflação são divulgadas nas atas das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e no relatório de inflação. Os números deverão ser atualizados na edição do próximo mês do relatório.
Fazemos as projeções baseados em um cenário de referência, considerando a Selic e o câmbio constante dentro das variáveis macroeconométricas. E, depois, um cenário de mercado de taxas de Selic e câmbio projetadas pelo mercado.
O presidente do BC reforçou que todos devem colaborar para que a inflação convirja para as metas e lembrou a preocupação do governo para que isso aconteça. A idéia é que a inflação convergirá para a meta de 4,5% em 2009. E é essa a indicação que nós temos dado ao país.
Ele explicou que a oscilação dos preços das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) é uma das variáveis levadas em conta na dinâmica inflacionária, mas destacou que é prematuro fazer previsões sobre a evolução da cotação delas nos próximos meses ou em 2009.
Meirelles lembrou que a atuação da política monetária tem limites. O que a política monetária pode fazer é assegurar um ambiente de estabilidade econômica, que faz com que os horizontes de planejamento se alonguem e, em conseqüência, possa haver uma maior geração de bem-estar para a sociedade. Esse é o limite da política monetária.
O presidente do BC disse ainda que o maior custo do Produto Interno Bruto (PIB) é gerado pela inflação. A inflação desorganiza a produção, aumenta o nível de imprevisibilidade, diminui os horizontes de planejamento e, em conseqüência, diminui o nível do investimento. Portanto, o maior custo para sociedade é o aumento da inflação. O PIB é a soma das riquezas produzidas no país.