O dólar comercial fechou nesta terça-feira (29/07) em seu mais baixo nível desde janeiro de 1999. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue com ganhos, seguindo o bom desempenho apresentado pelas bolsas americanas.
A moeda americana fechou vendida a R$ 1,687, com recuo de 0,33% sobre o fechamento de ontem. Ela não fechava em nível tão baixo desde o dia 19 de janeiro de 1999, quando fechou a R$ 1,558 - na ocasião, o país viveu a maxidesvalorização do real.
O dólar seguiu em baixa durante todo o dia, mas a queda se intensificou após a intervenção do Banco Central. A autoridade monetária comprou a moeda americana com taxa de corte de R$ 1,5717. Porém, não enxugou todo o mercado na operação, o que causou o aprofundamento da queda.
Já o Ibovespa, principal indicador da Bolsa paulista, sobe 1,44%, aos 57.687 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,99 bilhões, com cerca de 171 mil negócios realizados.
Ao contrário dos últimos dias, a Bovespa se alinhou ao desempenho de Wall Street logo pela manhã, embora com um desempenho um pouco mais modesto. O principal destaque do pregão de hoje é a Vale. As ações da mineradora sobem 1,15% (ordinárias) e 0,94% (preferenciais classe A). As siderúrgicas sobem junto com ela, em especial as ações ordinárias da CSN (3,64%). Os papéis da Usiminas e da Gerdau também sobem entre 2% e 3%.
Por outro lado, as ações da Petrobras apresentam um desempenho fraco: as preferenciais estão estáveis e as ordinárias 0,07% devido ao recuo do preço do petróleo no mercado internacional. Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o barril de WTI para entrega em setembro fechou em baixa de 2,02%, para US$ 122,21.
EUA
A queda do petróleo é um dos principais motivos para o bom humor visto no mercado americano. O índice Dow Jones sobe 2,03%, enquanto o Nasdaq Composite apresenta alta de 2,2%.
A confiança do consumidor americano em alta também ajuda o investidor. O índice ficou em 51,9 pontos em julho, pouco acima dos 51 pontos registrados em junho, informou nesta terça-feira o instituto privado de pesquisa Conference Board.
O bom indicador afastou parcialmente as preocupações com os desdobramentos da crise do crédito imobiliário de alto risco ("subprime"), que ganhou força novamente após o banco de investimentos Merrill Lynch admitir mais US$ 5,7 bilhões com perdas com esses créditos.