Jornal Correio Braziliense

Economia

Com metade do mercado de crédito imobiliário, Caixa tem melhor semestre da história

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A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (24/07) crescimento de 34% no volume de financiamentos para a compra da casa própria no segundo semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2007. Com empréstimos que totalizaram R$ 9,181 bilhões, a Caixa registrou o melhor primeiro semestre na história. "Esses são os melhores números da história da Caixa", afirmou Jorge Hereda, vice-presidente do banco. Sozinha, a Caixa respondeu por 48,2% de todo montante financiado para moradia. Em quantidade de contratos, a instituição pública é responsável por 73,3% dos acordos assinados no primeiro semestre. Para Hereda, esse crescimento deve aumentar no segundo semestre deste ano, já que tradicionalmente nos últimos quatro meses o ritmo de financiamentos aumenta. Nem mesmo as turbulências que acontecem no mercado financeiro, com o Banco Central elevando a taxa de juros, reduziram as metas da Caixa para o ano. "A Caixa não vai mudar as condições de nenhum financiamento para o segundo semestre", garantiu Hereda. Ele afirmou que qualquer mudança, se ocorrer, será feita com base nos indicadores econômicos dos seis últimos meses do ano. A carteira de empréstimos da Caixa para 2008 prevê R$ 20,4 bilhões, sendo que desses R$ 9,181 bilhões já foram concedidos. O montante disponível para empréstimos é quatro vezes maior do que havia em 2003, quando foi concedido R$ 5 bilhões em financiamentos. Bom pagador Se os recursos disponíveis estão subindo, a inadimplência nos contratos já firmados está caindo na Caixa. Segundo Hereda, a taxa de inadimplência superior a 90 dias ficou em 2,63% no primeiro semestre deste ano. Em 2007, as parcelas atrasadas até três meses representavam 4,20%. O índice estava em 6,30% no ano anterior. Segundo a Caixa, não existe qualquer tipo de risco de um colapso nos pagamentos de imóveis no Brasil, como foi deflagrado nos Estados Unidos ano passado. Em média, os mutuários de recursos da poupança financiam cerca de 60% do valor do imóvel, tanto novo quanto usado. Nos empréstimos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), esse índice atinge 70%. "O crescimento do mercado imobiliário é sustentável e acontece de forma responsável", afirmou Bernadete Maria Pinheiro Coury, superintendente nacional de Habitação da Caixa.