O preço do petróleo opera com ligeira variação positiva nesta quinta-feira (24/07), mas chegou a recuar para o patamar de US$ 123 pela manhã. O furacão Dolly perdeu força nesta quarta-feira (23) e passou da categoria 2 à 1 na escala Saffir-Simpson (1 a 5), aliviando as preocupações de que as instalações petrolíferas no golfo do México poderiam ser atingidas.
Às 11h42 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em setembro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 125,32, alta de 0,71% sobre o valor final da sessão de ontem (US$ 124,44). Até o horário, o preço máximo do barril era de US$ 126,01 e o mínimo, de US$ 123,62.
Segundo analistas, o preço da commodity pode voltar a subir em breve por estar se aproximando de um nível atrativo para os investidores que quiserem voltar ao mercado.
O olho do furacão tocou a terra no sul de Padre Island, 56 km a nordeste de Brownsville (Texas), ainda na categoria 2, com ventos de até 180 km/h, mas Dolly perdeu força ao deixar o Golfo do México e caiu para categoria 1, com ventos de até 150 km/h.
Segundo comunicado do Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês), o furacão continuará perdendo força nas próximas 24 horas. O alerta de furacão, no entanto, permanece sobre a costa texana e na costa nordeste do México, de Rio San Fernando à fronteira com os Estados Unidos.
Pelo menos um quarto das instalações petroleiras americanas se concentra no golfo do México, de acordo com o governo americano. Por precaução, a companhia anglo-holandesa Shell retirou 185 pessoas da área. A ExxonMobil e a Chevron também retiraram o pessoal não-essencial das instalações situadas ao longo do trajeto de Dolly.
Ontem o recuo no preço do petróleo foi favorecido tanto pela fraca intensidade do Dolly como pelo relatório semanal do Departamento de Energia dos EUA. Segundo o documento, as reservas de petróleo nos Estados Unidos caíram em 1,6 milhão de barris na semana passada, contra uma expectativa de queda de cerca de 2 milhões de barris. Sobre os estoques de gasolina, o relatório afirma que subiram em 2,9 milhões de barris (1,4%), para 217,1 milhões, frente aos 214,2 milhões da semana anterior. Os analistas esperavam um aumento de meio milhão de barris nas reservas de gasolina.
Considerando o preço mínimo de hoje, o petróleo já está quase US$ 24 distante do recorde atingido no último dia 11, US$ 147,27. Até então, o preço vinha sendo afetado por fatores como a tensão entre Israel e Irã, devido ao programa nuclear deste último, a desvalorização do dólar e o temor de uma escassez do produto no mercado mundial, devido ao crescimento da demanda em países emergentes como Brasil e Índia.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou nesta semana a realização de uma reunião extraordinária para 17 de dezembro, na Argélia, país que ocupa atualmente a presidência interina do cartel. Segundo o ministério de Energia da Argélia, a reunião servirá para "examinar a situação do mercado petroleiro". Um porta-voz do cartão confirmou a reunião extraordinária, cujo anuncio será oficializado na reunião da Opep de 9 de setembro, em Viena.