Os petroleiros ligados ao Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) vão paralisar suas atividades, por 48 horas, a partir da meia-noite de sexta-feira, em solidariedade à greve deflagrada na última segunda-feira (14/07) pelo Sindipetro do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
O Sindipetro-RJ também tenta pressionar a Petrobras a aumentar o valor a ser pago na segunda parcela da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) da companhia. Os petroleiros ameaçam greve nacional se a negociação sobre a questão da PLR não avançar.
"Esta mobilização é um alerta da categoria, que estará avaliando em assembléias, na próxima semana, o indicativo da Federação Ùnica dos Petroleiros (FUP) de greve nacional, com parada de produção a partir do dia 5 de agosto, se não houver avanços na negociação da PLR", afirmou o coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Rangel.
Em nota, a FUP afirmou que os petroleiros querem que a empresa reconheça o dia de desembarque nas plataformas como dia trabalhado (que motivou a paralisação na bacia de Campos) e negocie uma nova proposta de PLR, cuja negociação se encontra em um impasse.
Segundo a FUP, a direção da Petrobrás tem colocado em risco a segurança das atividades de produção nas plataformas da bacia de Campos, operadas por equipes de contingência.
"As equipes de contingência embarcadas pela empresa para manter a produção nestas unidades são compostas por gerentes, coordenadores e supervisores, que não têm condições de garantir a segurança operacional das plataformas", afirma a FUP.
Representantes do Sindipetro-NF e da FUP se reúnem hoje com dirigentes da Petrobras, para negociar soluções para o impasse surgido em relação ao pagamento do 15° dia do desembarque das plataformas e também para tratar da PLR.