O petróleo fechou em baixa nesta quarta-feira (16/07). O aumento de 3 milhões de barris no estoque da commodity surpreendeu os investidores e ajudou a diminuir o ritmo de variação do preço do barril - que chegou a um mínimo de US$ 132.
O barril do petróleo cru para entrega em agosto, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), fechou o dia cotado a US$ 134,60, baixa de 2,98%. O preço máximo atingido hoje foi de US$ 139,30. O barril, assim, já recuou mais de US$ 15 entre o preço recorde, US$ 147,27, atingido na sexta-feira (11/07), e o mínimo atingido hoje.
Segundo o Departamento de Energia dos EUA, o estoque americano de petróleo cresceu em 3 milhões de barris na semana passada, contra uma expectativa de queda de 3 milhões de barris, segundo analistas.
As reservas de gasolina do país, por sua vez, cresceram em 2,4 milhões de barris, contra uma previsão de queda de 1,1 milhão de barris.
Os altos preços do petróleo vem atingindo os consumidores americanos: o Departamento do Trabalho informou hoje que o preço da gasolina para o consumidor teve alta de 10,1% no mês passado, e o do gás natural subiu 4,9%. Os preços da energia como um todo tiveram alta de 6,6%, depois de uma alta de 4,4% em maio.
Ontem, o departamento informou que, no atacado, os preços da energia tiveram alta de 6% no mês passado, depois de uma alta de 4,9% em maio e de uma deflação de 0,2% em abril.
O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, disse hoje que os EUA precisam de uma estratégia para seu suprimento de energia e que "teria sido melhor ter lidado com essa questão há algum tempo". Para Bernanke, uma estratégia sobre energia poderia ter um efeito benéfico sobre os preços no curto prazo se menos preocupações sobre oferta e demanda se refletissem sobre as cotações.