Londres - Os contratos futuros de petróleo, negociados no mercado internacional, operam em alta nesta terça-feira (15/07), sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante as principais moedas estrangeiras, em meio a temores sobre a perspectiva para a economia dos Estados Unidos. O mercado aguarda os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, perante o Comitê Bancário do Senado, uma vez que a reação subseqüente do dólar pode influenciar o comportamento da matéria-prima (commodity).
Às 9h07 (de Brasília), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em agosto subia 0,84%, a US$ 146,40 por barril, na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Em Londres, o contrato futuro do petróleo tipo Brent avançava 1,06%, a US$ 145,44 o barril.
Analistas afirmam que os preços do petróleo avançaram à medida que o dólar declinou ante as moedas estrangeiros - o euro renovou recorde de alta hoje, a US$ 1,6041 - com o "sentimento negativo sobre os mercados financeiros dos EUA", uma vez que o socorro do governo dos EUA para ajudar as gigantes de hipotecas Freddie Mac e Fannie Mae não melhorou a confiança do investidor. Com isso, eles acreditam que o nervosismo no setor financeiro vai continuar influenciando o preço do petróleo.
Os contratos futuros de petróleo também estão vulneráveis a rodadas de realizações de lucro esta semana, após as altas recentes, e comentários de redução da demanda persistem entre os participantes do mercado. Hoje, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu hoje a estimativa de demanda mundial por petróleo nos próximos meses, devido ao declínio do crescimento econômico global e à crescente conservação de combustíveis. A Opep reduziu em cerca de 100 mil barris diários a projeção de demanda global em 2008 e disse que a taxa de crescimento da demanda em 2009 será de 900 mil barris diários, 100 mil barris a menos que neste ano.
No lado da oferta, a petrolífera norte-americana Chevron retomou as operações na unidade Escravos na Nigéria, após ataques de militantes em junho. As informações são da Dow Jones.