A Petrobras informou nesta segunda-feira (14/07) que a produção das plataformas na bacia de Campos está praticamente normalizada. Balanço da estatal fechado às 18 horas indica que a produção da companhia é de 96% de sua capacidade, com redução de 63 mil barris/dia.
O diretor de abastecimento e refino, Paulo Roberto Costa, disse que as equipes de contingência que entraram em ação para minimizar os efeitos da greve iniciada pelos petroleiros têm condições de manter o nível de produção normalizado ao longo desta semana, período anunciado em que os trabalhadores ficarão de braços cruzados.
"A empresa está muito tranquila, entendemos que a produção já foi retomada e não vemos dificuldade nenhuma de manter essa produção", afirmou.
Em assembléia realizada no início desta noite, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) rejeitou a proposta apresentada pela Petrobras e decidiram manter a greve iniciada nesta segunda-feira. Os grevistas querem que a Petrobras passe a considerar o dia de retorno das plataformas como uma das datas de trabalho. A escala dos petroleiros prevê 14 dias embarcado na unidade de produção, e outros 21 em casa. Costa comentou ainda a possibilidade de a greve ser estendida para as refinarias da empresa. A FUP (Federação Única dos Petroleiros) decide nesta terça-feira se os trabalhadores das unidades de refino da empresa também deixarão de trabalhar. Os petroleiros querem maior participação nos lucros da empresa. Segundo Costa, a possibilidade de a greve ir além das plataformas não ameaça as operações da companhia.
"Na hipótese de ter alguma paralisação, temos um plano de contingência para as refinarias. Mas não acredito que isso vá acontecer, haverá entendimento de ambas as partes", observou.