Jornal Correio Braziliense

Economia

Dólar fecha em queda, a R$ 1,59; Bovespa avança mais de 1%

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O dólar comercial fechou em leve baixa nesta segunda-feira (14/07), caindo para abaixo da casa dos R$ 1,60, e a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com ganho superior a 1% diante do bom desempenho das "blue chips" (as ações mais negociadas). A moeda americana fechou vendida a R$ 1,593, com baixa de 0,49%. Ao contrário dos últimos dias, o Banco Central fez no início da tarde o leilão de compra de dólares. A autoridade monetária comprou a moeda americana com taxa de corte de R$ 1,5974. Bovespa Já a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) o Ibovespa, principal indicador da Bolsa paulista, aponta alta de 1,12%, aos 61.825 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,49 bilhões, com cerca de 163 mil negócios realizados. Boa parte da alta no Brasil é ancorada na alta das ações da Vale, da Petrobras e das principais siderúrgicas, como Usiminas, CSN e Gerdau. Todas aproveitam a alta dos preços das commodities verificada hoje. Entre elas, o maior ganho fica para as ações preferenciais da Vale (2,6%). Já os papéis preferenciais e ordinários da Petrobras sobem cerca de 0,5%. Outro destaque é o desempenho das ações da petrolífera OGX. Os papéis ordinários da empresa sobem 10,98%, rebatendo as perdas de sexta-feira causados pela repercussão da Operação Toque de Midas, da Polícia Federal, que tinha como alvo a mineradora MMX, que pertence ao grupo EBX, que também controla a petrolífera. Se a OGX se desvinculou do problema, o mesmo não ocorre com a mineradora, que aponta perda de 5,95% hoje. Entre as ações listadas no Ibovespa, as maiores altas são as ordinárias da Natura (6,37%) e as preferenciais da Ambev (6,11%) --a última beneficiada pela compra da Anheuser-Busch pela controladora da empresa, a InBev. O bom desempenho das ações mais negociadas da Bovespa faz com que a Bolsa paulista consiga se desvincular --pelo menos até agora-- do mau desempenho das Bolsas americanas. Os investidores em Wall Street estão retraídos devido à instabilidade no preço do petróleo, às preocupações com os desempenhos corporativos do último trimestre e com o desdobramento da crise do "subprime". O índice Dow Jones opera com perda de 0,63%, enquanto que o Nasdaq Composite apresenta queda de 1,38%. Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o barril de petróleo WTI para entrega em agosto fechou negociado a US$ 145,18, com leve alta de 0,1% sobre o fechamento de sexta-feira. O dia começou positivo em Nova York devido ao anúncio de que o Fed (Federal Reserve, banco central americano) e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos tomarão medidas para ajudar as firmas hipotecárias americanas Fannie Mae e Freddie Mac, ao assegurarem que concederão fundos e créditos se necessário. Segundo o secretário do Tesouro, Henry Paulson, o órgão poderia inclusive comprar ações das duas empresas em crise se for necessário. A falta de liquidez das duas gigantes do setor hipotecário vinha sendo o principal motivo de temor dos investidores quanto à saúde do setor financeiro americano, debilitado pela crise do crédito "subprime". Porém, a ajuda às duas empresas não diminuiu as preocupações com outros grandes bancos. Todos eles apresentam queda nas suas cotações. O que mais sofre é o Washington Mutual, com perda de 35%. O mercado ainda está preocupado com os resultados de grandes empresas que saem nesta semana. Entre elas estão Intel, Microsoft, Coca-Cola e Citigroup.