A inflação continua sendo motivo de preocupação, mas não há razão para alarido, disse nesta quinta-feira (10/07) o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Ele defendeu que mesmo a contragosto de membros do próprio governo, não será possível evitar o corte dos gastos públicos e o aumento de 0,5 ponto percentual no superávit primário, além do tradicional instrumento da elevação da taxa de juros, como medida de controle da inflação. "É doloroso, mas temos que fazer", disse.
O ministro disse que mesmo com medidas para conter a inflação, não se pode reduzir de forma muito drástica o acesso ao crédito."No ano passado o volume de crédito subiu de 22% para 35% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de tudo o que o país produz. As pessoas que têm acesso ao crédito estão investindo ou consumindo, e isso beneficia o setor produtivo", afirmou.
Paulo Bernardo disse que a previsão de crescimento de 5% para a economia este ano deve se concretizar. Embora admita que a economia deve arrefecer no próximo ano, ele considerou precipitadas algumas projeções de analistas para o recuo entre 3% e 3,5%.