O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, confirmou nesta quarta-feira (2/07) que a instituição pretende se desfazer de alguns ativos ou participações em empresas, que poderiam ajudar no processo de capitalização.
Segundo ele, essas empresas pertenceriam a setores cujo apoio do BNDES foi estratégico em determinado momento para seu processo de desenvolvimento, mas que, hoje, se acham maduras e não precisam mais de fomento do banco. Coutinho não revelou que empresas seriam essas, nem de que setores.
;Não posso adiantar porque a carteira do banco é limitada;, afirmou. Coutinho disse que a reciclagem da carteira do banco é bastante expressiva. ;No ano passado, foi cerca de R$ 14 bilhões. E este ano talvez chegue a R$ 16 bilhões ou R$ 17 bilhões. Vai depender também da dinâmica de mercado."
De acordo com ele, a reciclagem da carteira de participações do BNDES gera recursos que podem ser investidos em empresas em processo de expansão. O presidente do banco informou que está em análise a possível emissão de debêntures, ainda este ano, no mercado de capitais.
Coutinho disse que a distribuição de lucros do BNDES para o Tesouro Nacional poderá ser maior, agora que a meta do superávit primário - a economia de recursos para pagar os juros da dívida - subiu de 3,8% para 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
;Temos um relacionamento extremamente cooperativo com o Tesouro, do qual o banco tem recebido todo o apoio. De maneira que, se for necessário, o banco ajudará a fechar os números do superávit primário. Isso não é um problema para nós;, garantiu.