Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo atinge US$ 143,91 e fecha em alta

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O preço do petróleo fechou em alta nesta quarta-feira, após a queda acima do previsto nas reservas americanas da commodity na semana passada. O dado do Departamento de Energia dos EUA fez com que o barril atingisse novo recorde durante as negociações de hoje, US$ 143,91, e também no encerramento dos negócios. A tensão no Irã também afetou as cotações. O barril do petróleo cru para entrega em agosto, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, (Nymex, na sigla em inglês), fechou o dia cotado a US$ 143,57 (novo recorde de encerramento), alta de 1,84%. O relatório semanal de estoques do departamento mostrou uma queda de 2 milhões de barris nas reservas americanas, que ficaram em 299,8 milhões de barris - a expectativa era de uma queda menor, de 1,2 milhão de barris. A queda nas reservas americana indica aumento da demanda por petróleo no seu maior consumidor mundial. Com demanda em alta, os preços tendem a subir. Já as reservas de gasolina indicam um caminho contrário, o que pode fazer o preço do petróleo recuar até o final do dia. Aumentaram em 2,1 milhões de barris, atingindo 210,9 milhões de barris na semana passada. Os analistas esperavam queda de 500 mil barris. Mesmo assim, o o preço médio da gasolina de atingir um novo recorde, chegando a US$ 4,092 por galão (3,785 litros) segundo a Associação Americana do Automóvel (AAA) O preço da gasolina refletiu a expectativa de uma alta expressiva do consumo nos EUA a partir desta quinta-feira, quando os americanos começam a viajar para aproveitar o feriado prolongado do Dia da Independência, na sexta-feira, 4 de julho. Irã Ainda persistem os temores sobre a tensão entre Israel e Irã - segundo maior exportador da Organização dos Países exportadores de Petróleo (Opep). Ontem, oficiais do Departamento da Defesa em Washington disseram temer, em entrevista à rede de TV ABC News, que forças de Israel ataquem as instalações nucleares iranianas até o final deste ano. Um alto oficial do Pentágono citado pela rede de TV disse que há um "aumento na probabilidade" de que Israel realizar um ataque, segundo o jornal israelense "Haaretz". O ministro do Petróleo do Irã, Gholam Hossein Nozari, disse hoje em Madri - onde está para o Congresso Mundial de Petróleo-- que seu país reagirá "com força" se for atacado. Em Nova York, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, disse que o governo iraniano não descarta a possibilidade de restringir a passagem de navios petroleiros pelo estreito de Ormuz, se seu país for atacado. O vice-almirante da 5ª Esquadra dos EUA, Kevin Cosgriff, disse que não permitirá que o Irã feche a passagem pelo estreito. A 5¦ Esquadra fica baseada no Bahrein. No último domingo, o ex-presidente iraniano Ali Akbar Hashemi Rafsanjani, disse à rede de TV "Al Jazira" descartar um ataque de Israel às instalações nucleares do Irã, mas alertou que o país se arrependerá se decidir lançar um ataque contra seu país. No mês passado, o diário americano "The New York Times" publicou uma reportagem em que diz que autoridades norte-americanas informaram sobre um amplo exercício militar realizado por Israel, que pareceu ser o ensaio para um possível ataque a bomba contra as instalações nucleares do Irã. Em um outro episódio, o ministro dos Transportes israelense, Shaul Mofaz, afirmou a um jornal local que um ataque ao Irã parecia ´inevitável´ dado o aparente fracasso das sanções da ONU para impedir o acesso iraniano à tecnologia para a fabricação de bombas. O governo iraniano respondeu dizendo que o governo de Israel é "perigoso" e perturba a segurança e a paz mundial.