Mais de 50% dos servidores de agências reguladoras, como Agência Nacional de Telecomunicações) e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica (Anatel) entraram em greve nesta segunda-feira (30/06).
"A gente espera que o governo resolva o problema o mais rápido possível. Enquanto isso não acontecer, a grave é por tempo indeterminado", disse o presidente do sindicato das agências reguladoras, José Maria.
A principal reivindicação dos grevistas é por remuneração igual entre os servidores e a valorização da carreira de técnicos. "Nós queremos equiparação de remuneração entre os servidores de mesmo nível e valorização da carreira técnica", afirmou.
Na semana passada, o governo propôs aos servidores das agências reajuste do nível médio para R$ 4 mil a R$ 7 mil, e do nível superior, para R$ 10 mil a R$ 15 mil. A Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) pede que, com o reajuste, as faixas pulem para entre R$ 7,9 mil a R$ 11,4 mil (nível médio) e entre R$ 12,2 mil a 18,4 mil (superior).
Na assembléia realizada na semana passada os servidores de nível superior aceitaram essa proposta, mas os de nível médio e os de carreira antiga nas agências recusaram.
Os servidores de carreira antiga são aqueles que migraram dos antigos órgãos reguladores para as agências de regulação, criadas no segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Eles pedem que os seus salários sejam equiparados aos que entraram nos anos seguintes.
Além de Anatem e Aneel, aderiram à greve os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Agência Nacional do Petróleo (ANP).