Jornal Correio Braziliense

Economia

Em tendência oposta à mundial, Bovespa fecha em leve alta de 0,65%

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) escapou da derrocada generalizada das demais Bolsas de Valores nesta sexta-feira (27/06), sustentada, principalmente, pelo desempenho das ações da Petrobras, num dia em que o barril de petróleo bateu novo recorde de preço. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril para entrega em agosto fechou cotado a US$ 140,21 (alta de 0,41%). Durante o dia, o preço bateu o recorde de US$ 142,93. O Ibovespa, termômetro dos negócios, valorizou 0,59%, aos 64.321 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,55 bilhões. O dólar comercial foi trocado por R$ 1,595 na venda, em declínio de 0,43%. A taxa de risco-país marca 228 pontos, com avanço de 4,10%. Europa e EUA Na Europa, as principais Bolsas de Valores fecharam com perdas, à exceção de Londres, onde o índice FTSE teve alta de 0,21%. Em Frankfurt, o índice Dax caiu 0,58%. Nos EUA, o Dow Jones, da Bolsa de Nova York teve baixa de 0,93%. A economia americana trouxe algum alívio para os investidores: a renda e os gastos dos consumidores americanos foram em linha ou acima do esperado, enquanto a inflação subiu menos do que o previsto. O quadro positivo foi contrabalançado pelo novo índice de confiança na economia, um indicador influente sobre as tendências de consumo. O Departamento de Comércio dos EUA informou que os gastos dos consumidores americanos tiveram um aumento de 0,8% em maio, enquanto a renda disponível teve um ganho de 1,9%. Já o índice de preços vinculado ao consumo teve variação de 0,4% em maio, a maior alta desde novembro de 2007. O núcleo do indicador, que exclui os preços de energia e alimentos, foi de 0,1%, abaixo do consenso do setor financeiro (0,2%). A confiança do consumidor americano caiu para 56,4 pontos em junho - menor nível desde 1998 -, contra 59,6 em maio, informou nesta sexta-feira a Universidade de Michigan. Segundo os responsáveis pela pesquisa, a alta dos preços da gasolina e dos alimentos, somado ao desemprego mais alto e grande número de execuções de hipotecas afetaram o consumidor americano. Susto Entre as principais notícias do dia, a inflação brasileira mais uma vez deu um susto: o IGP-M de junho foi de 1,98%, o mais alto desde fevereiro de 2003. Na quarta-feira, o mercado também não gostou da variação do IPCA-15, uma prévia do índice oficial do regime de metas, que teve alta de 0,90%, ante expectativas de 0,78%.