Brasil e Uruguai renovaram ontem o acordo automotivo entre os dois países e acertaram regras que devem valer pelos próximos seis anos ; diferentemente dos acordos anteriores, em bases anuais. O Uruguai manteve o direito de vender por ano 20 mil veículos ao Brasil sem pagamento de imposto de importação, enquanto 6,5 mil carros brasileiros seguem a mesma regra ; quando mais de 60% do carro tem conteúdo local, não há limite.
As diferenças em relação aos acordos anteriores se dá no prazo (seis anos), mas também em incentivos para a ampliação da produção de veículos e autopeças no Uruguai, inclusive com a possibilidade de financiamentos do Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no país vizinho.
Autopeças
A cota já existia, mas as importações uruguaias para o Brasil praticamente se resumem a autopeças. Foram US$ 15,3 milhões de compras no ano passado, enquanto as vendas brasileiras de carros e peças no mesmo período para o país vizinho foram de US$ 255 milhões. A expectativa do governo brasileiro é que as exportações do Uruguai ganhem mais força com a venda no Brasil do Tiggo, um utilitário fabricado pela Chery-Socma, joint-venture entre China e Argentina. Devem ser importados 1,5 mil deles pelo Brasil no primeiro ano do acordo, mas a capacidade da fábrica no Uruguai é de 20 mil veículos.