O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse que o governo considera "justo" o aumento dos valores dos benefícios do programa Bolsa Família acima da inflação e afirmou não acreditar que o reajuste contribua para aumentar a inflação. Segundo ele, as categorias mais pobres são as que mais sofrem com a inflação
Questionado se o governo não estaria sendo o primeiro a reindexar a economia ao conceder um reajuste maior do que a inflação, Paulo Bernardo respondeu: "No caso do Bolsa Família, o que pesou, o que sensibilizou no sentido de ajudar foi justamente (o fato de) que estamos reajustando o benefício destinado às famílias que são as mais pobres e mais vitimadas pela inflação." Segundo o ministro, os índices de aumento para esse grupo de famílias chegam a mais de 8%. O Ministério do Planejamento anunciou hoje um reajuste de 7% para o Bolsa Família
"Pelo menos para os mais pobres temos que proteger o poder de compra", disse. O ministro considerou que o reajuste dos benefícios do Bolsa Família, graças ao aumento das transferências de dividendos das estatais ao governo federal, não seria um fator capaz de comprometer o combate à inflação. Ele argumentou que o impacto do reajuste dos benefícios, em 2008 será de cerca R$ 350 milhões