O mercado de trabalho brasiliense está recuperando as vagas fechadas desde o início do ano. Em maio foram geradas 10 mil postos de trabalho, um incremento de 0,9% no total de ocupados. No acumulado do ano, no entanto, a variação ainda é negativa em 0,1%. A taxa de desemprego fechou o mês passado em 17,4%, contra 18,4% registrados em abril e 16,5% de dezembro de 2007, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (25/06) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O índice de desemprego ainda é bem superior à média das seis capitais pesquisadas, que ficou em 14,8% em maio.
Apesar de positiva, a recuperação no mês não representa uma melhora da qualidade do emprego. Dos que conseguiram uma ocupação, 10 mil passaram a trabalhar como autônomos e 3 mil conseguiram um emprego sem carteira de trabalho assinada, ou seja, não têm os direitos trabalhistas assegurados. O saldo de contratações foi obtido com a demissão de 2 mil assalariados formais do setor privado e de 1 mil pessoas que trabalhavam como empregadores domésticos, profissionais liberais, empregadores, donos de negócio familiar e trabalhadores familiares sem remuneração.
A renda do brasiliense sofreu uma ligeira redução na última pesquisa, em comparação à anterior. O rendimento médio passou de R$ 1.650 para R$ 1.649. Uma queda de 0,1%. Mas no acumulado do ano os salários subiram, em média, 1,9% acima da inflação.