Jornal Correio Braziliense

Economia

Wall Street fecha em baixa, temendo que petróleo afete resultados das empresas

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A Bolsa de Nova York fechou em baixa nesta terça-feira (24/06), marcada pela prudência dos investidores, que temem as conseqüência de um petróleo caro sobre os lucros das empresas, depois de um alerta sobre os resultados do grupo de entregas UPS: Dow Jones perdeu 0,29%, e Nasdaq, 0,73%. O Dow Jones Industrial Average (DJIA) cedeu 34,93 pontos, encerrando a 1 1.807,43 unidades, e o índice Nasdaq, de alto componente tecnológico, caiu 17,46 pontos, a 2.368,28 unidades, seu nível mais baixo desde 17 de abril. O índice ampliado Standard & Poor's 500 perdeu 3,71 pontos, a 1.314,29 unidades (-0,28%), segundo números definitivos do fechamento. A sessão foi muito volátil: depois de abrir no vermelho, Wall Street se beneficiou de um renovado interesse pelo setor financeiro por parte de investidores em busca de oportunidades, passando assim a operar no verde. Na última hora do pregão, no entanto, os temores sobre o impacto negativo da disparada do petróleo sobre as empresas americanas voltaram a dominar os ânimos, à medida que o barril se aproximava de seus recordes, fechando em torno dos 137 dólares. O grupo de entregas internacionais UPS revisou para baixo seu cálculo trimestral de lucros abaixo das previsões do mercado, enquanto a Dow Chemical decidiu elevar em 25% seus preços em julho, reduzindo ou mesmo suspendendo sua produção em várias fábricas nos Estados Unidos e na Europa. Além das empresas, o consumo, que representa mais de dois terços do crescimento americano, também pode ser gravemente afetado pelos preços exorbitantes da energia. Nesse contexto de desaceleração econômica e fragilidade dos mercados, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu início nesta terça-feira a uma reunião de dois dias para decidir sobre sua política monetária. O mercado obrigatório fechou em alta. O rendimento dos bônus do Tesouro a dez anos caiu a 4,105%, contra 4,168% na noite de segunda-feira, e o dos títulos a 30 anos a 4,658%, contra 4,710%.