Jornal Correio Braziliense

Economia

Moto chinesa avança pelo Brasil

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Já passa de 30 o total de marcas chinesas de motocicletas presentes no Brasil, algumas com linhas de montagem local e outras importadas. Na lista feita pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), nomes como Guangdong, Shineray, Zhejiang, Chituma, Panyu e Jailing. A maioria entrou no país nos últimos três anos, na garupa de um mercado que cresce há mais de uma década e passará de 2 milhões de unidades este ano. De janeiro a abril, as fabricantes de motos faturaram US$ 2,76 bilhões. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa)contabiliza 13 montadoras de motocicletas, das quais oito ligadas a marcas chinesas. Outras seis, também de origem chinesa, já tiveram projetos aprovados e devem instalar-se futuramente. Há ainda marcas que anunciaram projetos e não estão na lista da Suframa, como a Microservice e a Motor Z. Juntas, as marcas chinesas representam quase 10% do mercado brasileiro - que de janeiro a maio soma 776 mil unidades - e começam a cutucar a gigante Honda, líder há mais de 30 anos. A montadora japonesa detém 71% das vendas, mas perdeu 15 pontos em relação ao início da década, quando dividia mercado com a Yamaha e marcas de luxo importadas. A Yamaha também vem perdendo terreno e responde por 11,5% das vendas, enquanto a Suzuki tem 8,1%, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A Sundown, com 4,7% do mercado, tem como fornecedoras as chinesas Qingqi e Zongshen. A Dafra, do grupo Itavema, tem 1,9% do mercado e recebe componentes da Lifan, Loncin e Zongshen. O restante do mercado é pulverizado entre as demais marcas. Algumas são empresas de capital nacional que adquirem peças e tecnologia de fabricantes chinesas, como a Sundown, da Brasil & Movimento, e a Garinni, do grupo Itapemirim. Outras são apenas importadoras, como a Green e a MVK. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.