O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer melhorar o uso dos seus recursos, aumentar o número de operações de crédito e ampliar o acesso a seus financiamentos. Para isso, fará mudanças como combinar o uso da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) com outras formas de remuneração e diminuir limites máximos de sua participação em financiamentos de diversos tipos de projetos. O banco de fomento está na fase de transição para as mudanças que entram em vigor no dia 1º de julho, informou ontem o diretor de Planejamento da instituição, João Carlos Ferraz
Operações que eram baseadas 100% na TJLP - além de spreads - vão ter essa participação diminuída para até 70% do valor total do empréstimo, em alguns casos. ;Com qualquer economia que a gente faça com TJLP, a gente pode usá-la mais em projetos prioritários como os projetos de infra-estrutura do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento);, disse. Os outros até 30% da forma de remuneração dependem do perfil da empresa tomadora
Ferraz ressaltou que as medidas estão sendo tomadas em um contexto em que o orçamento do banco está crescendo de R$ 65 bilhões no ano passado para R$ 80 bilhões em 2008, com a demanda pelo apoio da instituição para investimentos aumentando em ritmo muito maior. As aprovações de empréstimos do BNDES acumuladas nos últimos 12 meses até abril somam R$ 109,676 bilhões
Ele também afirmou que a redução dos limites máximos do que o BNDES se dispõe a financiar em diversos tipos de projetos é para otimizar o uso dos recursos do banco. O banco vai deixar de financiar 100% das compras e investimentos referentes a máquinas e equipamentos e limitar isso a 80%, desde que a operação não se enquadre nas prioridades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo