A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ampliou suas perdas nesta sexta-feira (20/06) e caiu abaixo dos 65 mil pontos, na esteira do mau humor observado nos principais mercados acionários mundiais, em especial o americano.
O mercado repercute negativamente a alta do preço do petróleo, o risco da inflação atingir o crescimento econômico global e novos desdobramentos da crise do crédito imobiliário de alto risco ("subprime") nos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal indicador da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), fechou com recuo de 2,97%, a 64.613 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,8 bilhões, com cerca de 180 mil negócios realizados.
O dia não teve indicadores macroeconômicos importantes, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, o que fez das notícias corporativas e do preço do petróleo os principais balizadores dos negócios.
Rebaixamento do rating
O principal motivo para o sinal negativo nas Bolsas americanas - e, consequentemente, no Brasil - é o rebaixamento do rating (nota) das securitizadoras de crédito MBIA e Ambac divulgado na noite de ontem pela agência de classificação de risco Moody´s.
O rebaixamento faz com que as ações das principais instituições financeiras cotadas em Wall Street caiam, levando consigo os principais índices. O Dow Jones recua 1,79%, enquanto que o Nasdaq Composite tem perda de 2,52%.
Já o preço do petróleo voltou a subir nesta sexta-feira, ampliado o temor dos investimentos ao redor do mundo sobre o seu impacto sobre a inflação global. Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o preço do barril de petróleo leve WTI para entrega em agosto fechou com ganho de 2%, a US$ 134,62.
IGP-M
O único dado macroeconômico relevante do dia no Brasil foi o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), mas ele não trouxe um direcionamento claro sobre o futuro da inflação. O indicador subiu 1,83% na segunda leitura prévia de junho, contra 1,54% na mesma leitura de maio. Ele também desacelerou em relação à primeira prévia deste mês (1,97%), informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Dólar
O dólar comercial fechou nesta sexta-feira com leve alta, mas se manteve na casa dos R$ 1,60, em um dia onde a cotação se manteve praticamente estável durante toda a sessão.
O dólar comercial fechou a R$ 1,606 para a venda, com avanço de 0,12%. A cotação se movimentou pouco mesmo após o leilão de dólares do Banco Central, realizada no início da tarde. A autoridade monetária comprou a moeda americana com taxa de corte de R$ 1,6048.