Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas européias fecham em queda com bancos, automobilísticas e petróleo

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As Bolsas européias fecharam em baixa nesta sexta-feira (20/06). Os setores bancário e automobilístico puxaram os índices para baixo hoje, além do petróleo, que chegou a bater em US$ 136 mais uma vez. A Bolsa de Londres caiu 1,53%, para 5.620,80 pontos; a Bolsa de Paris caiu 1,79%, para 4.509,27 pontos; a Bolsa de Frankfurt teve baixa de 2,12%, fechando com 6.578,44 pontos; a Bolsa de Milão perdeu 1,75%, indo para 23.127 pontos; a Bolsa de Amsterdã recuou 2,09%, para 437,33 pontos; e a Bolsa de Zurique fechou com perda de 1,25%, indo para 7.069,44 pontos. Os bancos puxaram os resultados para baixo, com as perdas nos papéis do UBS (-3,8%); do Deutsche Bank (-3,9%). O UBS deve divulgar uma redução de US$ 5,5 bilhões no valor de seus ativos durante o segundo trimestre --na maioria ligados a mercados imobiliários residenciais, segundo analistas. O Deutsche, por sua vez, deve registrar uma redução de US$ 3 bilhões no trimestre. Também caíram as ações do HBOS (-5,4%), a principal instituição do setor hipotecário do Reino Unido. A empresa vem tentando levantar um capital de US$ 7,9 bilhões. A agência de classificação de risco Standard & Poor´s rebaixou a nota de risco do HBOS para "negativo", devido à expectativa de reduções nos valores de seus ativos, ganhos menores com investimentos e uma alta na inadimplência. As ações do Barclays também caíram (-3,2%) depois do anúncio de que o banco japonês Sumitomo Mitsui Financial se prepara para injetar 100 bilhões de ienes (cerca US$ 930 milhões). Segundo o diário japonês "Nikkei", as negociações estão "na fase final" e seria a segunda ocasião nos últimos meses em que um banco japonês socorre um banco ocidental em dificuldades devido à crise mundial de crédito. Entre as empresas do setor automobilístico, caíram as ações da Fiat (-6,7%) depois que o executivo-chefe da empresa, Sergio Marchionne, disse que o mercado italiano deverá apresentar um resultado desastroso neste mês. As ações da Porsche também caíram (4,2%). Além dessas ainda caíram as ações da Volkswagen (-0,8%). China e Israel O petróleo sobe hoje, com o aumento dos preços dos combustíveis na China e com as declarações de autoridades norte-americanas, citadas em uma reportagem publicada pelo jornal "The New York Times" desta sexta-feira de que Israel realizou um amplo exercício militar neste mês, que pareceu ser o ensaio para um possível ataque a bomba contra as instalações nucleares do Irã. Os contratos do barril para entrega em julho (que expiram hoje) voltaram ao patamar de US$ 136 na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês) hoje, depois de recuarem ontem para US$ 131,93 no fechamento. Citando autoridades americanas não identificadas, o jornal disse que mais de cem aviões israelenses F-16 e F-15 participaram das manobras no leste do Mediterrâneo e na Grécia na primeira semana de junho. Na China, o governo diminuiu a partir de hoje os subsídios e aumentou o preço do diesel e da gasolina em 18%, provocando temores de inflação no país. As refinarias chinesas vinham sofrendo grandes perdas nos últimos anos, pois compravam petróleo a um preço alto, no mercado internacional, e eram obrigadas a revendê-lo aos consumidores chineses a um preço muito mais baixo, ditado pelo governo chinês. Foi o primeiro corte de subsídios em oito meses e teme-se a alta da inflação, que já está em seu nível mais alto dos últimos dez anos.