Jornal Correio Braziliense

Economia

Servidores do Tesouro decidem entrar em greve

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Os servidores do Tesouro Nacional, que iniciaram uma paralisação de 72 horas desde terça-feira (17/06), decidiram hoje (18/06) entrar em greve por tempo indeterminado a partir de sexta-feira. Segundo a União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon), que organiza a mobilização, as negociações com o governo não avançaram. Para pressionar o governo, 100 funcionários que ocupam cargos comissionados e exercem função de gerência de Coordenação do Tesouro comprometeram-se a abrir mão do cargo. Eles assinaram uma carta para ser entregue ao secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, com pedido de exoneração. De acordo com a Unacon, a reunião realizada ontem com o Ministério do Planejamento não teve resultados. Para a entidade, o governo criou um impasse ao não atender s reivindicações da categoria. A categoria quer a igualdade de salários com os funcionários da Receita Federal, que ganham 15% a mais do que os servidores do Tesouro. Atualmente, um técnico (cargo de nível médio) do Tesouro ganha, em média, R$ 4,5 mil, contra R$ 6 mil de quem exerce a mesma função na Receita. Um auditor (cargo de nível superior) recebe R$ 8 mil no Tesouro e R$ 10,5 mil na Receita. Mesmo com a proposta do governo em aumentar os salários da categoria em cerca de 35%, as diferenças salariais permaneceriam Isso porque os auditores da Receita, que fizeram greve de março a maio, receberão reajuste em torno de 40%. O Tesouro tem 950 servidores. A greve poderá afetar o repasse de verbas do governo federal para estados e municípios, além dos leilões de títulos do governo.