Jornal Correio Braziliense

Economia

Vigilantes do Distrito Federal abortam greve e terão reajuste de 6,93%

Paralisação teria início na noite desta terça-feira. Agências bancárias ficariam impedidas de abrir

Os vigilantes do Distrito Federal abortaram greve prevista para começar a partir da noite desta terça-feira (17/06). Após passar a tarde negociando com representantes das empresas de segurança privada, com intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a categoria aceitou reajuste de 6,93%, abaixo do patamar de 15% reivindicado. Com isso, o piso salarial dos vigias ficará em R$ 1.080. O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do DF (Sindesp) também concordou em elevar o valor do vale alimentação dos profissionais, que foi de R$ 8 para R$ 9,55. Esses teriam sido os principais itens da proposta dos patrões, de acordo com Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância do DF (Sindesv). Caso os vigilantes entrassem em greve a partir desta terça como prometiam, as agências bancárias do DF teriam que fechar as portas enquanto durasse a paralisação já que, pela lei 7.102/83, as instituições financeiras não podem funcionar sem segurança. O procurador Valdir Pereira da Silva, da Procuradoria do Trabalho da 10ª Região, que conduziu o diálogo entre patrões e vigilantes, comemorou o acordo. ;Esta seria uma greve com graves repercussões sociais. Parariam vigilantes dos bancos, órgãos públicos, empresas privadas. Estamos muito felizes de termos conseguido evitá-la;, afirmou. Assembléia Após a reunião entre vigias, empresas de segurança e MPT, que aconteceu na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), na 514 Norte, a diretoria do Sindicato dos Vigilantes seguiu para o Conic, onde, em assembléia geral, a categoria aprovou a proposta do sindicato patronal. "A intervenção do Ministério Público foi benéfica e a proposição foi aprovada com ampla maioria", afirmou Chico Vigilante, diretor da entidade. Existem cerca de 15 mil vigilantes na ativa no Distrito Federal, segundo estimativa do Sindesv.