As Bolsas em Nova York operam sem direção definida nesta segunda-feira (16/06); o indicador de atividade no setor manufatureiro divulgado hoje afetou o câmbio, e a desvalorização do dólar deu espaço ao petróleo para atingir novo recorde hoje. O setor de tecnologia, no entanto, impulsiona a Bolsa Nasdaq.
Às 15h53 (em Brasília), a Bolsa de Valores de Nova York estava em ligeira variação negativa de 0,0% no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), que ía para 12.303,28 pontos, mas o S 500 tinha ganho de 0,20%, indo para 1.362,80 pontos. A Nasdaq subia 0,83%, indo para 2.474,95 pontos.
O petróleo atingiu hoje a marca de US$ 139,89. A gasolina nos EUA, por sua vez, atingiu também um novo recorde, com o preço médio no país de US$ 4,08 por galão (3,785 litros).
O Federal Reserve de Nova York (uma das 12 divisões regionais do Fed, o banco central americano) informou que a atividade manufatureira em seu distrito desacelerou mais em junho; o indicador Empire State Manufacturing ficou em -8,7 neste mês, contra -3,2 de maio. Índices abaixo de zero apontam o enfraquecimento da atividade (o Empire State ficou negativo em quatro dos últimos cinco meses).
Juros
Com mais um sinal de economia fraca, ganhou alguma força a expectativa de que o Fed não venha a elevar sua taxa de juros no curto prazo - como a declaração do presidente do Fed, Ben Bernanke, foi interpretada: no último dia 9, ele disse que o banco "resistirá com firmeza a um agravamento das expectativas da inflação a longo prazo".
Se os juros subirem, a economia americana - que cresceu apenas 0,9% no primeiro trimestre-- pode desacelerar ainda mais. Mas, com a perspectiva de os juros (atualmente em 2% ao ano) ficarem onde estão por algum tempo, combinada ao risco de uma elevação de juros do Banco Central Europeu (BCE) em setembro, fez o dólar desvalorizar ante o euro, o que tem o efeito de impulsionar o petróleo.