O presidente mundial da rede de supermercados Carrefour, o espanhol José Luis Duran, revelou que o modelo do Atacadão - um misto de atacado e varejo (conhecido por atacarejo), adquirido pela rede francesa no ano passado - poderá ser exportado. Segundo o executivo, que esteve no Brasil, ele seria adaptado em países com condições socioeconômicas semelhantes ao Brasil, como a Colômbia, Indonésia e Índia. Mas a transferência do modelo não ocorreria a curto prazo.
Duran, que esteve no Brasil no ano passado, pouco depois da compra do Atacadão, veio desta vez com um grupo de representantes da comunidade financeira "mostrar os avanços do Carrefour" nos últimos quatro anos, que ele classificou como espetaculares. "Fizemos uma troca importante do modelo comercial, mudamos bandeiras, aumentamos a velocidade de abertura de lojas e compramos o Atacadão", resumiu o executivo.
O Brasil, terceiro mercado do grupo, representa hoje cerca de 10% do faturamento mundial da rede. Segundo Duran, o país é prioridade para o grupo francês. "Por isso, o Carrefour não fará sacrifícios de investimentos no país." O objetivo da rede francesa é acelerar a expansão no Brasil a partir deste ano. A previsão, anunciada nesta quinta-feira (12/06), é que a cadeia de supermercados feche 2008 com um faturamento de R$ 22 bilhões, o que vai representar um crescimento de 14% em relação a 2007. O resultado está acima da média do grupo, que deve crescer entre 6% e 8% este ano.