Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas americanas operam em baixa com Livro Bege e petróleo

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As bolsas americanas operam em baixa na tarde desta quarta-feira (11/06), refletindo a alta do preço do petróleo e as divulgações do Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do balanço fiscal do governo americano do mês de maio. O país registrou déficit de US$ 166 bilhões, o maior de sua história. Às 11h24 (em Brasília), a Bolsa de Valores de Nova York estava em baixa de 1,30%, indo para 12.130,59 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), enquanto o S 500 caía 1,20%, para 1.342,18 pontos. A Bolsa Nasdaq tinha perda de 1,37%, recuando para 2.415,27 pontos. Pretróleo Hoje, o preço do barril de petróleo para entrega em julho fechou a US$ 136,38 - depois de ter fechado ontem negociado a US$ 131 e ter atingido a casa dos US$ 138 durante a sessão. As incertezas dos investidores sobre fatores como reservas americanas, demanda e oferta no mercado mundial e questões geopolíticas têm feito o barril oscilar muito nas últimas semanas. Um dos principais motivos para a alta de hoje da commodity foi a divulgação da reserva semanal dos EUA, que teve uma queda de 4,6 milhões de barris, ficando em 302,2 milhões de barris. A queda superou as expectativas dos analistas, que previam uma queda menor, de cerca de um milhão de barris. As reservas de gasolina, por sua vez, cresceram em um milhão de barris na semana passada. Além disso, o dólar (moeda pela qual o petróleo é cotado) registrou nova queda frente ao euro. Livro Bege Já o Fed indicou no Livro Bege (documento composto de dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do banco) considerou que a economia dos EUA se aproxima do verão (inverno no Brasil) com uma economia "em geral fraca", afetada pelos altos custos da energia e dos alimentos, que inibiram os consumidores e levaram empresas a elevar seus preços. Segundo o documento, a economia tem mostrado um desempenho desanimado e preços de energia e alimentos em alta. Os preços altos desses dois itens elevam o risco de que a inflação se espalhe para outros campos e podem prejudicar o crescimento econômico geral. Essa argumentação leva o mercado a crer que há uma possibilidade real do Fed elevar a taxa básica de juros na próxima reunião, que ocorrerá nos dias 25 e 26 deste mês. A taxa de juros do Fed hoje está em 2% ao ano.